Sunday, March 4, 2007

A entrevista inquirida ao Miguel


Blind Zero - Uma década de êxitos

Os Blind Zero são um grupo puramente nortenho que dispensa apresentações. O Nuxo, o Miguel, o Vasco, o Pedro Vidal, o Pedro Guedes e o Miguel Guedes estiveram na Invicta durante o mês em curso e realizaram, nas lojas FNAC, actuações que arrastaram curiosos, admiradores e fãs desta banda que arrecada mais de uma década de carreira. O lançamento do novo álbum The Night Before and The New Day foi um sucesso e tem vindo a ser, assim como, a sua promoção e divulgação. Os Blind Zero foram muito receptivos à proposta de uma entrevista à qual o vocalista Miguel Guedes se revelou prontamente às questões colocadas.

Anabela - Como surgiram os Blind Zero?
Miguel Guedes – Os Blind Zero nasceram há onze anos atrás, por uma questão de sorte. O Vasco, o Nuxo e o Pedro tinham uma banda que se intitulava por Sun Scream; eu e o primeiro guitarrista dos Blind Zero, o Mário, tínhamos uma banda - O.P. Visions. Entretanto, e porque o Mário andava na faculdade com eles realizamos um ensaio em conjunto que correu muitíssimo bem. Na época, pelo menos, a nossa apreciação foi essa; se fosse hoje, talvez a apreciação seria distinta e ao ouvirmos o ensaio morreríamos de rir. No momento, pareceu-nos muito bem e resolvemos começar a fazer músicas. Foi então que começamos a tocar num bar e noutro, e as pessoas foram aparecendo de uma forma muito massiva. Criou-se o que podemos chamar uma espécie de culto à volta da banda que possibilitou que, ao fim de um ano, tivéssemos a possibilidade de gravar um disco da nossa autoria. O nome Blind Zero surgiu nos meses seguintes aos ensaios, pois numa primeira instância não havia nome algum.
A - Como detectaram o gosto pela música?
MG - O gosto pela música surgiu muito antes de termos bandas. Todos nós ouvimos música desde pequenos: começamos pela Abelha Maia e acabamos com Nick Cave (risos).
A – Qual a razão que apontam para a escolha de cantar em inglês?
MG - Foi uma escolha que surgiu de uma forma completamente natural. Não havia muitas bandas a fazê-lo e não havia, sobretudo, ninguém que tivesse conseguido vender discos, em Portugal, enquanto banda portuguesa a cantar em inglês. Era muito complicado, no entanto, existia uma nova quantidade de gente nova (bandas) a fazer músicas em inglês. O inglês aparece na nossa vida enquanto músicos, enquanto Blind Zero. Uma vez que, as nossas influências não são propriamente música tradicional portuguesa, mas sim, influências anglo-saxónicas, pareceu-nos a língua mais viável para expressar. Eu não dou muito valor à língua; neste caso, dou muito mais valor ao que se diz. E isso pode ser dito em qualquer língua, porque as pessoas amam-se e odeiam-se em qualquer parte do mundo. Tento interpretar a canção na altura, por isso, cada concerto realizado pode ser único.
A - Quais as tuas referências musicais?
MG - Imensas. Tom Waits, Bob Dylan, Suzane Vega, Bruce Springsteen. Em termos de rock actual penso que Queens of the Stone Age são uma banda fantástica. Johnny Michel, David Bowie…
A - Qual o público que visam atingir?
MG - Não visamos atingir nenhum público específico, e penso que não atingimos nenhum público em específico. Limitamo-nos a fazer aquilo que queremos e sabemos. Penso que temos gente que nos ouve há muito tempo; desde que começamos, há onze anos, e que continuam a ouvir-nos. Essas são pessoas que podem ter idades desde os 15 até 40 anos ou mais. A faixa etária que predomina é entre os 20 e os 30 anos.
A – Recuando alguns anos, qual foi a sensação ao saberem que, pela primeira vez, iriam gravar um Cd?
MG - Quando nos propuseram o primeiro contrato discográfico ficamos imensamente contentes e, simultaneamente, muito ansiosos porque nunca tínhamos entrado num estúdio a sério para gravar. O primeiro disco tem a ver com isto, com aquela urgência em dizer coisas, com a incapacidade para fazer algumas outras, mas também, com coisas que só se fazem uma primeira vez. Portanto, ali está toda uma primeira vez. É um disco que, para mim, já está muito distante, que não o ouço frequentemente, todavia, é um capítulo da história.
A - E o primeiro concerto? É um acontecimento que ainda retêm bastante na vossa memória?
MG - Sim. O primeiro concerto que demos, se é que o podemos chamar de concerto, foi uma actuação bem perto do Porto. O local em questão deveria ser a casa do povo de Zebreiros. O concerto foi realizado no primeiro andar: os idosos ficaram no andar de baixo e um grupo de jovens encontravam-se no piso de cima. E ninguém percebeu nada do que estava a acontecer (risos).
A - Tiveram uma experiência com a MTV. Realizou-se um concerto que vos deu a oportunidade de proceder à gravação de dvd. Queres falar um bocadinho acerca disso?
MG - O convite da MTV foi um convite fantástico. Permitiu-nos tocar em Milão (Itália), gravar o formato MTV Live, que se trata de um formato já efectuado por centenas de artistas – todos os grandes nomes da música mundial – o facto de sermos a primeira banda portuguesa a fazê-lo foi muito curioso. Este foi um convite que nos deixou muito felizes. O concerto correu bem, foi muito bem gravado (bom som e boas luzes) e foi editado em dvd. Posteriormente, tocamos também em Génova. Representa, sem dúvida, um marco e um registo.
A - Por falar em experiências: cantar no comboio foi uma sensação que gostariam de vir a repetir?
MG - Foi muito giro. Superou as nossas expectativas. Confesso que, quando soubemos que íamos actuar numa linha de comboio, estávamos um bocadinho receosos do que iria ser. Podia não agradar até porque a linha do comboio faz imenso barulho. Na verdade, havia uma carruagem reservada para nós, para pessoas que iam entrando... Foi muito engraçado pois íamos tocando umas músicas, saíamos, dirigíamo-nos até ao bar, falávamos com as pessoas, voltávamos a tocar. Tratou-se de um registo um pouco hippie. Decorreram 30 minutos em cada direcção muito bem geridos, com uma paisagem muito bonita, numa linha que é muito perigosa.
A - Quais as expectativas para este mais recente Cd The Night Before and The New Day?
MG - O Cd está feito. As nossas expectativas são sempre viradas para a conclusão do Cd. Temos as expectativas para que o Cd seja bom, seja a nossa cara, o nosso espelho. As expectativas direccionam-se de forma a que corresponda ao que queremos fazer e esperamos que supere aquilo que queremos fazer. Uma vez feito, não temos expectativas.
A – Tratou-se de uma gravação muito dura ou dentro do ritmo normal?
MG - Foi relativamente dentro do ritmo. Quando as coisas estão razoavelmente preparadas nunca custa muito. Aliás, nunca é de grande custo estar em estúdio porque o estúdio é um campo de uma imensa liberdade. Os concertos ao vivo são extremamente importantes e neles respiramos; são momentos únicos e o que falhou, falhou, e o que foi bom, foi bom. Num disco tens a possibilidade de construir um edifício desde a terra, dos primeiros alicerces, até ao tecto. Há tempo. Demorou um mês e meio a ser feito, misturado, produzido, porém, já tínhamos cerca de quatro a cinco meses de pré-produção na sala de ensaios, com várias maquetas e diversas hipóteses. Quando vamos para estúdio já temos pensada a ideia daquilo que queremos fazer. É óbvio que determinados aspectos mudam, mas estar em estúdio é uma experiência muito boa. Enquanto que tocar ao vivo é efémero, o estúdio aproxima-se à ideia de plantar uma árvore.
A - Como caracterizam este Cd?
MG - É um Cd diferente de tudo o que fizemos até agora, penso eu. O Trigger e o Red Coat são discos mais jovens para nós. Com One Sillent Accident - terceiro disco – chegamos a um som finalmente nosso: o som mais rock que podíamos ter, mais despido de qualquer coisa, um som agressivo, agreste, rude. E, a partir daí, o A Way to Bleed Your Lover foi um salto para uma outra esfera. Considero que foi o grande eixo de ruptura. É um disco muito negro, muito psicótico, muito complicado em termos do que se dizia, do que se falava... e muito denso. Para este disco, quisemos inverter um bocadinho as coisas e incorporar um pouco de ar e respiração. The Night Before and The New Day poderá ser um disco mais alegre, mais bonito, embora continue a ter os mesmos temas psicóticos do anterior mas recontextualizados com personagens, com pessoas mais sãs.
A - Em que se traduz a essência das vossas músicas?
MG - Eu acho que a essência nunca se traduz. A essência, quando muito, pode-se viver. É muito raro atingirmos uma essência. Pelo essencial, entendo a felicidade, mas isso é na vida. A felicidade tem vários caracteres secundários. Nós somos imensamente felizes com o que fazemos.
A - Há, como pano de fundo, um objectivo a atingir?
MG – Existe um objectivo: passar, comunicar, como é óbvio. Há um número considerável de coisas que queremos passar cá para fora, que queremos fazer e que temos a pretensão de saber fazer: escrever coisas, dizer coisas... Para nós que adoramos música, é muito bom estarmos num plano como este, privilegiado, de podermos ter pessoas que nos querem ouvir ao fim de todo este tempo. A elas estamos eternamente agradecidos. Admito como um sinal de que ainda estamos vivos de alguma forma, e de que as pessoas ainda se revêem. Vejo pessoas a cantarem as letras deste disco e o disco não saiu assim há tanto tempo quanto isso. Por conseguinte, é muito gratificante saber que o disco pode entrar na vida das pessoas. Queremos comunicar com os discos.
A - Em que é que se baseia a composição e elaboração das músicas?
MG – Baseia-se em tudo. Tentamos que os discos sejam o espelho mais próximo daquilo que somos enquanto pessoas: do que somos realmente, do que queremos ser ou do que não somos – tudo isso faz parte de nós. Cada um de nós tem diversas personagens interiorizadas, existe a principal mas não devemos dar menor relevância às secundárias que fazem parte do enredo. Não raras vezes, no disco, posso puxar as secundárias, basicamente, e trazê-las para o exterior.
A - Como tem sido a aceitação do público relativamente a este último trabalho?
MG – A aceitação tem sido muito boa. As pessoas têm gostado imenso. Há uma unanimidade muito grande em relação ao disco que até é estranho mas ficamos contentes por isso.
A - Qual a principal diferença entre os vários álbuns que gravaram?
MG - Os três primeiros, embora sejam discos diferentes, encerram de certa forma um ciclo – o ciclo da procura, digamos assim. Estávamos à procura de uma identidade, de um som. Na minha opinião, conseguimo-lo com o One Silent Accident, seguidamente, o A Way to Bleed Your Lover e o The Night Before and The New Day são discos de tentar novos caminhos, de fazer coisas novas. Depois de termos feito o que para nós era basilar, havia que começar a construir um outro tipo de edifícios. Assim, os discos são muito distintos, como disse; o anterior muito negro e denso, muito border line, no limite do psiquiátrico com personagens sempre no limite de algum mal; este disco detém sobre si mais ar, mais esperança e mais luz.
A - Qual foi o álbum que vos deu mais gozo e qual foi aquele que vos suscitou plena satisfação pós-gravação?
MG - Quando possuímos um disco estamos sempre convencidos que é o nosso melhor disco. Estamos tão inseridos no assunto que é impossível pensarmos o contrário. Pessoalmente, os dois últimos álbuns deram-me muito mais satisfação, em termos de finalização. Olhava para o Cd e reflectia-me no que tinha sido feito.
A - Consegues atribuir um adjectivo que qualifique cada álbum?
MG - O primeiro disco – Trigger – é um disco de urgência. O segundo disco – Red Coat – um disco de procura. One Sillent Acccident é um disco de encontro; A Way to Bleed Your Lover é um disco de ruptura. Finalmente, The Night Before and The New Day é um disco de libertação, de liberdade.
A - O que pensam da música portuguesa actualmente?
MG - A música portuguesa vive bons momentos em termos artísticos e criativos. Vive maus momentos no quanto se relaciona com as possibilidades de vendas, nomeadamente, de discos que cada vez são menores. As causas são a pirataria, os downloads ilegais e a cópia privada que fazem com que o número de vendas seja notoriamente reduzido. É muito complicado. Penso que os artistas, neste país, têm cada vez mais dificuldades em sobreviver. Podemos estar assistir, daqui a dois ou três anos, a fenómenos de inexistência de música portuguesa nestes moldes porque a indústria está, de facto, a mudar.

Nos nossos dias, o aspecto visual é considerado, por muitos inseridos no meio, um ponto a ter em conta para a carreira musical. Resolvi, então, colocar esta questão ao Miguel atendendo que os Blind Zero são uma das bandas portuguesas mais duradouras, o que nunca é de mais referir. Não é um ponto irrelevante mas não é importante. Para o nosso conceito de banda, para nós enquanto pessoas não é relevante. Vamos para o palco da mesma maneira que andamos no dia-a-dia, não fazemos da encenação no palco algo muito importante. Podíamos fazer caso fosse necessário artisticamente, mas não é assim que temos feito. Se me falas em visual, em termos de utilização de artes visuais, como o vídeo, é evidente que já temos utilizado o vídeo muitas vezes em concertos. Achamos que é importante, mas são formas de cultura; agora no visual, no sentido, se nos preocupamos com o look da coisa, não.
Actualmente, a música portuguesa tem atravessado díspares vicissitudes que, cada vez mais bandas e, inclusivamente, artistas a solo, têm reunido esforços para atenuar a situação. Os Blind Zero são uma banda consistente que atentam sobre este aspecto Nós somos uma banda de media gama. Deixo para os outros descreverem como são os Blind Zero. Tentamos ter um percurso coerente, com mudança que acho que é fundamental. E, sobretudo, honesto, honesto para connosco. Acho que nunca fomos desonestos e isso é o fundamental. Poder olhar para trás e sentir que tudo foi feito porque era para ser assim e não houve nenhuma teatrisse, nenhuma manobra deixa-me muito confortável.
No campo da divulgação, incidindo substancialmente sobre a divulgação nacional, mas não apartando a internacional, o Miguel revela que: A divulgação internacional é insuficiente, é quase inexistente, como para a maioria das bandas portuguesas. O campo internacional é outra história. Não queremos pensar muito nisso porque depois temos grandes decepções. A música portuguesa, nesta altura, não está capaz de exportar produtos. A música portuguesa está tão mal que não consegue apostar. No campo nacional, o que se nota é que parece agora haver uma certa valorização, as pessoas começam-se a aperceber que estamos em risco de que as bandas se extingam, de que as bandas porque não conseguem sobreviver, porque fazem-se as músicas mas não se comunica. As rádios passam pouquíssima música portuguesa também me parece que quotas exageradas, acho que são um erro. A divulgação da música portuguesa passa essencialmente pela rádio e pela imprensa, pela televisão não, falo da boa música portuguesa. Porque a televisão tem pouquíssimos espaços desde há muitos anos a divulgar música, não privilegia a música, nunca privilegiou. E acho que o caminho é exactamente esse: é não privilegiar. E a televisão é o grande fenómeno de massas, é a grande comunicação de massas, portanto, a música portuguesa está condenada, julgo eu, nos próximos anos, a ser cada vez menos ouvida; a não ser que haja uma inversão de tendência de cultura.

A - Quais os elementos necessários para a concretização no mundo da música?
MG - Fazê-la, ser persistente, ter alguma qualidade, ter alguma sorte e ser honesto artisticamente, acredito que isso mais cedo ou mais tarde acaba por compensar.
A - Como conseguiram singrar ao longo de todos estes anos de carreira?
MG - Com estes factores que acabei de referir. Além de uma união que tem que existir numa banda, obviamente. Ao longo de tantos anos é quase um sentimento familiar, ou seja, temos que ser amigos uns dos outros.
A - Qual o balanço que fica de todos estes anos de música?
MG - Um balanço de uma enorme felicidade. Estamos a fazer aquilo que queremos, aquilo que sempre sonhamos fazer. Não somos uma banda ambiciosa, no sentido de ter famas ou de ter proveitos, vamos fazendo o nosso percurso calmamente apresentando discos que creio que são sucessivamente melhores, e isso, para nós, é o mais importante. Que as marcas que deixemos, sejam pelo menos marcas coerentes e que o passado seja reconfortante um dia que queiramos olhar para ele.
A - Aquando de uma banda de garagem, a música era um passatempo, actualmente como passam o tempo?
MG - Só posso falar por mim. Estou a tirar um curso de mergulho. Tenho como passatempos ver arte, ver cultura: vou ao cinema, vou ao teatro, ouço música – ouvir música continua a ser um passatempo - viajar é um passatempo óptimo, e ter amigos.
A - Um grupo de amigos constituiu a formação de uma banda. A entrada no meio musical veio alterar a vossa relação uns com os outros?
MG - Não. Veio reforçar os elos porque descobrimos uma quantidade de afinidades que não sabíamos que as tínhamos.

Imensos devem ser os momentos que recordam desde o primeiro instante enquanto banda, momentos emocionantes, diversas peripécias... instantes partilhados. O Miguel conta que, musicalmente é difícil dizer. Há muitos momentos emocionantes. Cada disco é muito importante. Depois há concertos que ficam marcados por um ou por outro motivo. Lembro-me perfeitamente que, a primeira exposição pública que tivemos foi no Imperial, onde, de repente, tínhamos uma quantidade enorme de gente a aplaudir-nos. Não contávamos com tal atitude. Tudo depende das pessoas.
Inúmeras actuações já ocorreram. Palcos divergentes, públicos diversificados, cidades diferentes, bandas nacionais e internacionais. Uma curiosidade reside, existe ainda algum grupo com quem gostassem de actuar e ainda não o tivessem feito? Não. Eu gostava muito de ver muita gente que ainda não vi. Actuar com... acaba por ser sempre, actuamos com, pisamos o palco com , mas se calhar nem o vimos. É claro que gostava muito de pisar o palco com o Nick Cave ou com o Tom Waits, ou com o Bruce Springsteen ou com todos aqueles que referi anteriormente.

A - Há quem vos considere uma banda de Lisboa por actuarem em maior número em Lisboa, no entanto, vocês são uma banda do Porto. Qual é o local que vos dá maior prazer tocar?
MG - Nós somos uma banda completamente portuense. Gosto muito do Porto. Nunca tivemos aquela organização de ir para Lisboa para tornar as coisas mais fáceis, porque podia tornar, como há muitos músicos que vão viver para Lisboa. Os Blind Zero fazem muito sentido no Porto.

Para finalizar, quais são as perspectivas para o futuro? O que esperam que ainda se venha a alcançar? Qual o sonho que gostavam que se concretizasse?
Os objectivos e os sonhos passam sempre por um futuro musicalmente. Os objectivos e os sonhos são tocar e sermos capazes de gravar um próximo disco que é sempre uma incógnita. Nunca sabemos se quando voltarmos a compor se vale a pena de se gravar. E acho que isso é muito motivante para nós porque se pensássemos na perspectiva de que temos uma banda e vamos gravar mais um disco – eu não sei quando é que vamos gravar mais um disco. Espero que sim, porque se gravarmos é porque há uma razão válida para isso. Terá que sair um disco certamente diferente deste.





Anabela da Silva Maganinho

1 comment:

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