Tuesday, March 6, 2007

DUST – A luta por um sonho


Os Dust são a banda rock oriunda do Porto. Uma banda que começa a dar os primeiros passos para o sucesso e que tem como membros integrantes Tiago Harry (guitarrista), João Azevedo (baterista), Zé António (baixista) e Diogo Lima (vozes e guitarra) com quem estivemos à conversa.
O projecto começou em 2004 e, cerca de dois anos passados já contam com o seu primeiro álbum “Dust”. Actualmente, têm apostado um pouco mais na promoção do recente trabalho, encontrando-se a realizar concertos um pouco por todo o país, sobretudo nas zonas circundantes à metrópole nortenha.
Queremos saber um pouco mais acerca desta banda, de como tudo começou, como tem decorrido a divulgação deste disco, não deixando de parte quais as ambições e expectativas do grupo.
Iniciamos a entrevista a compreender como se formou este grupo, que gravou o seu primeiro álbum na Alemanha. O Diogo explica que tinha algumas músicas dele compostas “Na altura estava ainda numa outra banda e decidi escrever alguns temas para tentar gravar um disco a solo. Fiz uma maqueta com esses temas e enviei para o produtor que, posteriormente, produziu o disco dos Dust – Tommy Newton. Ele gostou muito dos temas e convidou-me a ir à Alemanha gravar. Estávamos no fim de 2004 início de 2005. Fui para a Alemanha e lá permaneci durante cerca de 4 meses a fim de gravar o disco. Contudo, as minhas ideias foram-se alterando. Resolvi, em vez de seguir uma carreira a solo, fazer uma banda novamente. Como já tinha tido uma banda achei que para o estilo rock seria sempre melhor uma formação, então formei os Dust. Já conhecia o Tiago Harry, os outros conheci por intermédio de anúncios, que é como normalmente se processa. Portanto, após todas estas fases os Dust surgiram em Março de 2005”.
Anabela (A) - Porquê a escolha de Dust para nome da banda?
Diogo Lima (DL) – Eu era o Eric Dust no início do projecto, porque o management achava que eu deveria ter um nome estrangeiro. Mais tarde, ao quebrar com esse management, achei que não fazia sentido ter um nome que não o meu (Diogo Lima). O nome dust foi das primeiras coisas que me vieram à cabeça aquando da procura de um nome para a banda. Somos quatro membros, e como pretendia um nome pequeno DUST com apenas quatro letras assumiu-se. Não obstante, queria que fosse um nome cru, visto que o nosso rock é um rock cru, e directo.
Uma banda que regista significativos resultados ainda no princípio da sua carreira, pode ser ouvida na Rádio. Os temas “What I want” e “I run tonight” estão a rodar nas estações nacionais e têm cativado a atenção dos apreciadores. A divulgação “está a decorrer aos poucos, mas bem. Agora vamos começar a promover o nosso álbum nos Açores, uma vez que conseguimos uma boa equipa de promoção, e vamos preparar o videoclip. O disco acabou de sair pelo que ainda é cedo de se verem resultados, mas vai acontecendo tudo naturalmente”.
O Cd dos Dust foi gravado no Área 51 Recording Studios, em Hannover, um feito que nem todos o conseguem, essencialmente se estivermos a falar em músicos portugueses.
A – Como surgiu a oportunidade de gravar este CD?
DL – A oportunidade despoletou devido a uma maqueta que tinha feito com temas meus. Um amigo aconselhou-me a envia-la para o Tommy Newton, produtor do disco, que, tal como referi, me convidou a ir gravar o disco à Alemanha. E foi deste modo que tudo aconteceu.
A – Foi então que regressaste a Portugal. Nesse momento sentiste a necessidade de seleccionar pessoas que te acompanhassem neste trabalho. Como se processou a procura de músicos para ingressarem neste projecto?
DL – Quis arranjar músicos portugueses. Viemos tentar com força em Portugal, e justificava-se que a formação fosse toda portuguesa. Foi uma opção minha. O guitarrista conhecia-o da formação anterior por isso foi fácil. Simplesmente entrei em contacto com ele e perguntei-lhe se queria continuar o projecto comigo. O João Azevedo, o baterista, conheci-o através de outrém, marquei um encontro e entendemo-nos muito bem, de imediato. Ele é um grande apoio à banda. O Zé António, encarregue do baixo, já o conhecia, razão pela qual também não foi difícil de o encontrar. Estou muito satisfeito com a formação conseguida.
A questão que se segue teve uma resposta concisa; todavia, que define exactamente aquilo que os Dust não pretendem arrecadar. O que este grupo considera ser a pior característica que uma banda pode reunir é a falta de humildade.
Cientes daquilo que querem e daquilo que não querem, os Dust lançaram o seu disco que será o impulsionador da sua carreira, que se tem revelado promissora.
A – Quais as expectativas para este Cd? Qual esperam que seja a reacção por parte do público?
DL – A reacção por parte do público ao CD tem sido boa. Nos concertos e nos showcases da FNAC temos tido prova disso. As pessoas de qualquer faixa etária têm aderido muito bem, têm gostado da música e vêm falar connosco no final. O grande sucesso de uma banda é o público gostar; porém, hoje em dia, não chega. Um dos obstáculos será sempre conseguir furar os media e conseguir alcançar os pilares que tornam possível o êxito de uma banda. O público tem-nos dado muito apoio e motiva-nos a continuar. O nosso trabalho tem vindo a ser bem aceite, agora falta o resto.
A – Nas vossas músicas, mais concretamente no que diz respeito a letras, existe um ou vários EU (I) e um TU (YOU). A quem correspondem?
DL – Por vezes temos de inventar histórias, porque um músico não consegue viver tanta coisa. Curiosamente, neste primeiro disco, vivi um pouco muitas das letras. Na época eu mantinha uma relação à distância e houve uma fase que suscitou escrever muita coisa. As restantes letras falam numa verdade: a luta por um sonho, aquilo que estamos a fazer e a ambição no sentido do que desejamos no futuro. Ainda assim, há aquelas que temos de elaborar um pouco, tal como acontece quando se escreve uma telenovela, não se consegue viver tudo.
A – Qual a vossa inspiração para a composição das músicas?
DL – Tanto momentos positivos como negativos são propícios para criar músicas. E, contrariamente ao que se possa pensar, por uma pessoa estar num momento mau não significa que só escreva músicas negativas, até pode registar-se o contrário – para escrever coisas mais positivas. A minha inspiração advém sempre da minha vida, daquilo que vejo, daquilo que a sociedade é e do que andamos a fazer no mundo. Vamos tentar falar mais em termos políticos e humanitários, tentar abranger tudo, talvez no próximo disco.
As referências presentificam-se no estilo musical que os Dust compõem, provindo todas do rock e do pop-rock “Gostamos muito de bandas tais como Aerosmith, Whitesnake, Guns N’ Roses, Bon Jovi, The Cult, são esses os marcos”.
A batida e a sonoridade da música desta banda é diferente daquilo que se faz por terras lusas. Queremos então desvendar como se conseguiu essa sonoridade.
A – Como conseguiram o som patente no vosso álbum? O toque internacional evidenciado é propositado de forma a que a vossa música se expanda?
DL – Sim. Devemos fazer sempre tudo com humildade, embora seja importante ser-se ambicioso. Ficamos satisfeitos por estar em Portugal. Primeiro é preciso que se consiga algo aqui; contudo, é necessário olhar para fora, sendo que, às vezes, as oportunidades espreitam por todo o lado. O cantar em inglês não é apenas um gosto próprio, vem da internacionalização que se torna mais fácil. Além disso, penso que o estilo de música se encaixa muito mais em inglês, estilo esse que advém dos nossos gostos. É verdade que não se ouve muito em Portugal, também não conheço bandas conhecidas a tocarem este estilo, o que pode ser bom. O que é diferente, normalmente consegue marcar e, portanto, espero que venha a ser uma coisa positiva.
Quando se está em palco é unanime que a adrenalina sobe ao rubro até se obter o contacto permanente com o público. Para os Dust esta situação não é bizarra e, apesar de terem o intuito de passar uma mensagem ao público, o primeiro com o mesmo é sempre algo que provoca um nervosismo oculto.
A – Qual o sentimento ao estar em cima do palco mesmo que seja no formato showcase?
DL - Estar no palco é o culminar de todo o trabalho. Gosto muito de estar em estúdio, mas em palco é espectacular. Se se pode dizer que há uma adrenalina na música é quando subimos ao palco para mostrarmos aquilo que fazemos, aquilo que trabalhamos. Particularmente, quando vemos que as pessoas estão a gostar.
A - O que pretendem transmitir através da música?
DL - Os Dust sempre tentaram enviar uma mensagem positiva, pois a vida já tem tanta coisa má… Tentamos enviar uma mensagem positiva e, simultaneamente, crítica. Considero que quem tem a voz deve aproveitar essa atenção que lhes é dada, de forma construtiva. Assim, será de uma maneira crítica; porém, autoconstrutiva e uma maneira sonhadora, de fazer as pessoas sonhar um pouco com as aventuras.

Ficamos a conhecer um pouco deste novo talento, composto por quatro elementos que se fundem num só estilo e num objectivo comum. Todos sonham permanecer de forma cada vez mais presente no mundo da música, não só visando o enriquecimento do panorama nacional como do internacional. A ambição moderada é sempre bem-vinda e esta banda está consciente daquilo que quer e sabe que a luta não vai ser fácil. Conquanto, eles não param e revelam que têm cada vez mais a oferecer.
Diogo Lima confessa que “As ambições são sempre as maiores. Temos que discernir as ambições pés na terra, das outras que são mais malucas, sendo bom ter as duas. É aconselhável andar com os pés na terra, uma vez que não nos magoaremos nem nos desiludiremos tanto. Se não estivermos assentes na realidade sofreremos mais desilusões; todavia, dar-nos-á mais aquela vontade de continuar a lutar. A ambição, pelo menos em Portugal, é a de marcar um lugar no panorama da música, o qual achamos que ainda não existe. Poder marcá-lo como outras bandas o fizeram. Ao nível internacional, sem grandes sonhos seria conseguir um estatuto médio, pelo menos conseguir aguentar uma carreira”.
Com este término, resta-nos esperar pelo sucesso desta banda que se começa a evidenciar e que promete fazer o quanto estiver ao seu alcance para singrar, para fazer aquilo que realmente é um gosto na vida dos componentes deste projecto materializado.
Podem saber ainda mais acerca desta banda, designadamente a agenda, em

Anabela da Silva Maganinho

1 comment:

Anonymous said...

o que eu estava procurando, obrigado