Tuesday, March 27, 2007

Como prometido a peça "Chavela". Chavela Vargas acima de tudo MULHER

O mundo viu Chavela Vargas nascer na Costa Rica no ano de 1919. Isabel Vargas Lizano nasceu e desde muito cedo começou a trabalhar e travar uma guerra com a vida. Na Costa Rica, sofreu com o trabalho infantil, tal como refere na peça tinha de “apanhar 5000 laranjas todos os dias”. Foi então que se mudou para o México para seguir o sonho e não mais viver da forma precária que nada mais lhe tinha a oferecer. Contudo, os dias difíceis não tinham acabado para Chavela. A discriminação acercou-a desde criança. Nunca ocultou as suas opções sexuais e não escondia que gostava de mulheres. Em 2000 anunciou publicamente que era lésbica.
Os primeiros acordes são dados e nas “cantinas” da capital do México conhece os escritores que acabariam por torná-la no ícone da música rancheira. O seu estilo muito pessoal e as suas atitudes incitaram olhares por parte da sociedade em que se inseria, principalmente por renegar as saias e vestir calças e exibir sempre a sua arma de fogo.

O cenário da peça de "Chavela"

O mundo demorou a reconhecer o seu valor, todavia, após percorrer ruas, bares, Cuba, Acapulco e Monterrey em digressão pelos hotéis rendeu-se ao talento de Chavela. Venderam-se álbuns, realizou concertos pelos EUA e Paris… Entretanto rendeu-se à bebida, 40 000 litros de Tequilha de acordo com o seu irmão.
Todos pensavam que Chavela não mais se ergueria, até que ela renasce pelas mãos de Almodóvar que a leva para Espanha, sendo ele uma fã incondicional. Um tema de Chavela é incluído num dos filmes deste realizador que, deste modo, a catapulta para a fama mundial.



Anabela da Silva Maganinho

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