Tuesday, March 25, 2008

O “prazer” da música pela amizade


foto fornecida por Hugo Piló
Os Blister deram os primeiros passos no panorama da música nacional, no ano de 2001, por intermédio de quatro rapazes – Hugo Piló, Mauro Ramos, Dikk e Gonçalo Pereira – que pretendiam espalhar a harmonia por entre acordes intuitivos.
Com experiências distintas por outros circuitos, os músicos que apelam à valorização do nacional, acabaram por enveredar numa aventura conduzida por Gonçalo Pereira. O guitarrista conheceu Hugo num programa televisivo e foi então que surgiu a ideia de formar uma banda juntamente com Dikk, o braço direito de Gonçalo. “O nome apareceu numa caminhada para o café” aquando da procura de um nome sonante, numa altura em que faltava um baterista. Mauro Ramos era um nome já conhecido pelos trabalhos de free lancer, no Estúdio 45 da Damaia, e os três elementos nem hesitaram em ir buscá-lo.
A maqueta foi gravada e o single mais rodado “Day by day” começava a tocar nas rádios. Em Maio do ano subsequente, estava consagrado o nascimento da banda com actuações ao vivo.
Com dois CDs editados, videoclips e uma digressão, não obstante, aos concertos e actuações realizadas os Blister contam com um repertório nem sempre “valorizado” aos olhos dos portugueses.
Decorridos quase oito anos sob o processo de formação, a banda explica-nos, em Lisboa, as razões pelas quais estiveram afastados dos palcos.

Anabela (A) – Vocês iniciaram o vosso percurso muito antes do projecto Blister, designadamente o Mauro como free lancer e o Hugo com passagens pelo “Chuva de Estrelas” e pelos Santaclaus. Como é que surgiu o conceito Blister na vossa carreira?
Hugo (H) –
Aos 14 anos, decidi entrar na banda de um rapaz da minha turma e ser o vocalista. Nunca tinha cantado a não ser com o meu pai: ele dava-me uns acordes de guitarra e eu punha-me em cima da mesa. Depois disso ingressei no “Chuva de Estrelas” e, mais tarde, fiz parte da formação da banda Santaclaus. A banda sonora do “Bar da TV” foi uma oportunidade onde conheci o Gonçalo Pereira. O Dikk era o braço direito do Gonçalo e, de imediato, concordou com a formação da banda. O nome nasceu de uma conversa na ida ao café…
Mauro (M) – O nome tem a ver com o núcleo. Somos quatro pessoas que fazem música e se divertem com isso. Não temos uma tag de música comercial, uma vez que hoje podemos conceber uma sonoridade mais comercial, amanhã poderá sair uma mais alternativa. As coisas saíram sempre de uma forma muito natural.

A entrada para o mundo

"O DVD foi um sonho de miúdo que sempre tive de mostrar a minha forma de estar na música e de partilhar isso, acima de tudo, com a comunidade de bateristas". Mauro

A – Mauro, és um baterista free lancer e, inclusivamente lançaste um DVD. Fala-nos um pouco desse trajecto paralelo à banda?
M –
Desde pequeno que sempre quis poder viver da música, por ser aquilo que gostava de fazer. Obviamente que dentro desse âmbito podemos sempre fazer coisas que gostamos mais, com as quais nos identificamos, e outras para o qual somos contactados para fazer. Aos sete anos, já andava a percorrer o país com os meus pais por entre bailes e arraiais. Passados dez anos, decidi que era isto que queria fazer e comecei a dedicar-me plenamente. Principiei por bares no circuito de Lisboa e, a posteriori, gravei discos para vários artistas. Ia estabelecendo contactos e, de facto, quando surgiu a hipótese Blister (antes do DVD) foi a realização de algo que sempre tive vontade em miúdo. Fazer os nossos originais, tocar as nossas músicas, não passarmos a vida a tocar as músicas dos outros ou a gravar para os outros. Estávamos entre amigos, divertíamo-nos muito a fazer música; portanto, fazia todo o sentido. Em paralelo a isso tive de manter o meu trabalho de free lancer e participar numa série de projectos. Continuei a trabalhar, uma vez que para viver da música e para se subsistir, em Portugal, temos que trabalhar para arrecadar dinheiro. Só assim conseguimos investir nos nossos projectos.



A – Hugo, que lugar ocupa na tua carreira o “Chuva de Estrelas” e os Santa Claus? Foi o salto que precisavas para enveredar na música?
H –
Foram apenas maneiras de sair da Nazaré. Eram os programas que estavam, na época, a serem transmitidos na televisão e aconteceu assim como poderia ter acontecido de outra forma. Quando saí do “Chuva de Estrelas” tive uma reunião com o Ediberto Lima e ele propôs-me alguns projectos. Vim para Lisboa com 18 anos, entrei na faculdade e desencadeou-se um percurso onde aprendi bastante. Percurso esse onde me consegui balizar em termos sonoros e isso permitiu-me ter outra visão ou outros gostos.

Mauro já integrou o elenco de músicos de Ricky Martin e confessa que “foi engraçado. Pelo menos foi diferente. Vimos a coisa num formato grandioso que normalmente não estamos habituados a ver. Eles levam tudo a sério e vemos tudo à grande”. Definitivamente uma concepção de música e de espectáculo dissemelhante da nacional, pois a preocupação com os mínimos pormenores e o reconhecimento são conseguidos sem demais preocupações.
Por sua vez, Hugo encetou num percurso que lhe poderia abrir portas no mundo pelo qual sempre quis enveredar em que “o dinheiro não é importante, importante é o som”.

Bem mais que um registo

“Para podermos criar, fazer e acontecer temos de comer e para tal precisamos de comprar comida e de pagar as contas… e se ninguém se dá ao trabalho de valorizar o que fazemos acaba por ser desmoralizante”. Mauro

A – Durante muito tempo estiveram sem aparecer nos media e mesmo nos palcos. A que é que se deveu esse período de paragem?
M –
Um pouco da desmoralização daquilo que se passa no espectro nacional da música. Temos direito a 25% de música portuguesa nas rádios e parece que nos estão a fazer um grande favor, quando, supostamente, deviam passar 80 ou 90%. Pior é que desses 25% passam sempre as mesmas e não há espaço sequer para se tentar algo novo. Acrescido ao facto de as pessoas se não conhecem, não compram, e, quando se tem a pirataria, ninguém faz questão de procurar adquirir. Assim, o mercado não se movimenta e não podemos mostrar aquilo que fazemos. Dei por mim no Youtube a ver o vídeo Blister e deparei-me com comentários “alguém tem o «She’s Wild»? podem-me mandar para o msn?”.

A – Efectivamente, deixamos de ouvir falar da banda e o último CD “Everybody wants the same” nem sequer chegou ao Porto.
M –
“Bigger than us”.
H – Primeiro grande erro. No outro dia estava a falar nisso, por que fui parar a um blog que dizia o mesmo. Esse foi um nome falado e tinha de ser visto como duas palavras separadas – “every” e “body” –, no sentido de todos os corpos e não de toda a gente. No entanto, o título dito acabou por perder uma certa piada e acabamos por não adoptá-lo, deixando mesmo a música com o nome para trás. Estivemos algum tempo a marinar o nome e essa foi uma fase que andamos muito parados. Tinha que acabar o curso, estava a precisar de arranjar um trabalho…
M – Este segundo disco foi libertado um pouco pela consciência «ok, está feito, acreditamos, é bonito, sentimo-nos bem com ele». Decidimos libertá-lo para que, simplesmente, ele exista. Os sonhos de miúdos já lá vão, já não fazem muito sentido; porém, fazemos música porque nos divertimos.
H – Tivemos de pagar do nosso próprio bolso as 500 cópias que fizemos. Pensei em vender alguns temas online, mas para chegar aos cibernautas teria de ser alguém, que não eu. Acabo por ser o vocalista e o promotor ao mesmo tempo e eu desmoralizo por dois lados quando as coisas estão menos boas.

A – E qual o motivo que fez estagnar o projecto no que concerne, inclusivamente à promoção?
H –
Precisamos de um quinto elemento que poderia ser para a guitarra acústica, mas não é, é um manager. O facto de eu ter o curso de Comunicação Empresarial, do Gonçalo ter alguns conhecimentos, do Mauro viver da música e do Dikk acabar por ser uma «shadow personage» acabou por se fundir de uma maneira prejudicial para a banda. A comunicação que advém da Internet faz todo o sentido. Aproximou muito as pessoas e Portugal é um país pequeno.
M – Valoriza-se mais o que vem de fora do que o que há por cá. Sempre foi assim e é um pouco daquilo que é a cultura do português. O português, nesse sentido, sempre foi pequenino e, com a maior humildade, digo que já me cruzei com imensos músicos estrangeiros e não sei o que lhes devemos. Devemos-lhes respeito, tal como eles nos devem; porém, não me parece que haja razão para sermos sempre inferiores de alguma maneira. Por que não valorizar o que temos cá? O Gonçalo Pereira, podemos dar como exemplo, tem o projecto dele a solo e, se for preciso, vai tocar ao Japão ao lado do Steve Vai, ao lado do Joe Satriani e é considerado um dos melhores guitarristas do mundo. No nosso país talvez nem saibam que ele existe ou as pessoas que o sabem são uma minoria.

Mauro assume que a conjuntura que se vive por terras lusas fá-los desacreditar, por vezes, e que diz “sinceramente, já tive mais vontade de estar neste país”. A justificação é óbvia quando estamos perante um “músico independente” que “vive da música” e “os apoios não existem; contudo, conseguem cobrar e fazer infracções constantemente. Não faz sentido nenhum viver da música em Portugal com músico independente”, afirma o músico.
O baterista dos Blister advoga que os direitos dos músicos deviam ser atendidos e chega a ocorrer-lhe que, se pudesse, organizaria uma iniciativa tal como a que repercutiu efeitos em Hollywood com os argumentistas: “que a partir de agora ninguém tocasse”. Não raras vezes, a situação com que as bandas nacionais se confrontam é com a enunciação “originais só de borla” e tal como enfatiza Mauro “não valorizam o que andamos a fazer”. Com isto não se quer relevar que os Blister estão a marcar uma geração, mas que, pelo menos, o respeito deveria ser-lhes atribuído.
Hugo acaba por ser vocalista e promotor ao mesmo tempo e acaba por desmoralizar “por dois lados quando as coisas estão menos boas”, pois a verdade é que a música é a vida deles: “ligo todos os dias o rádio e essa é a ultima coisa que faço”. Essa é uma mais valia se tivermos em conta que foi ela a causa que os uniu e os tornou “amigos para sempre”.
Mauro Ramos e Hugo Piló

A – Portanto, o cenário da música nacional e a falta de apoios acabam por culminar na falta de oportunidades?
M –
Sou um revoltado com o Estado. Ele dá subsídios para tudo e para a música não há nenhum. A literatura conta com IVAs mais baixos, ao invés, se quisermos adquirir música temos que pagar tudo por igual.
H – Mas vêm aí tempos melhores, por que piores, economicamente, não deve haver. Portugal sempre esteve um bocado atrasado em relação à Europa.
M – Diz-me qual é o sítio onde estás e qual a pessoa que, na verdade, não ouve música nem que seja uma vez por dia?
H – Nem que seja no telemóvel.
M – A música faz parte do quotidiano de qualquer pessoa, mas não sei porquê não se valoriza isso, toma-se como um dado adquirido.

A sonoridade promovida

“Um dado adquirido agora é que não tens de pagar para ouvir”. Hugo

A – Relativamente à musica, designadamente “Old Friends”, que integra a banda sonora da série “Morangos com Açúcar”podemos dizer que, de alguma forma, deu a conhecer mais os Blister?
H –
Este é o terceiro tema que está a rodar; todavia, as pessoas não sabem que se trata de uma banda portuguesa. Estamos a trabalhar mal em termos de comunicação, o que, se calhar, até foi bom para maturarmos.
M – Quero acreditar que, muitas pessoas, já sabem que Blister é uma banda portuguesa. Quando se faz algo que soe, minimamente, internacional as pessoas ficam com a sensação de que não é obra de portugueses e eu acho que somos tão bons como os que estão lá fora e, em momento algum, vou deixar que nos deitem a baixo. Não quero que façam isso apenas porque sou português ou então não quero ser português. Nós [portugueses] não somos coitadinhos, fazemos boa música, temos os melhores jogadores da bola. Somos bons e vamos valorizar o que temos.

A – Nas vossas músicas o que surge em primeiro lugar: o instrumental ou a letra? Em que é que vocês de inspiram?
M –
As influências musicais da banda são muito vastas. Ouço um pouco de tudo, aliás para a minha própria vida enquanto músico e free lancer convém que haja versatilidade. O facto de divergirmos no que concerne a estilos de música é que acaba por criar uma fusão interessante. Ao nível da composição, as coisas despontam muito naturalmente e, por isso, é que a banda é robusta e forte. Por entre um rif de guitarra que o Gonçalo faz ou uma harmonia que levo com uma linha vocal minimamente estipulada que acaba por ser cantada com o Hugo e este leva-a para casa e faz uma letra.
H – O Mauro faz com que a segunda voz seja um sintetizador ou um próprio piano. A voz dele acaba por ser outro instrumento se a virmos como tal e atribui uma outra cor à melodia.

Todos pelo uno e coeso

A – Se tivessem de escolher uma música, ao longo do vosso repertório enquanto banda, qual seria aquela que vos definiria melhor, a mais identitária?
M –
É muito complicado escolher um tema, pois, na realidade, todos acabam por nos definir um pouco. O “Around the world”poderia ser o eleito pela sua complexidade, por ser um tema muito forte de se tocar. No entanto, num momento mais intimista lembro-me do “Act of blood”. Não obstante, o single “Old friends” também acaba por ser especial e fala um pouco daquilo que já somos: old friends.
H – “Old Friends” é uma música que facilmente é percepcionada.

A – Neste preciso momento, o que recordam da «pleasure tour» e dos espectáculos em digressão?
M –
Contamos momentos muito interessantes. O mais marcante, na minha opinião, foi a primeira parte da Alanis Mourissette, na queima das fitas de Coimbra. Com os acordes da “Good things and bad things” 30 mil pessoas bateram palmas – conheciam o som – e fizeram-me sentir o «arrepio na espinha».

A – Sagraram-se vencedores do 8º Concurso de Música Moderna de Palmela de Palmela, que recordação é que ainda têm desse triunfo?
M –
Entraram em contacto connosco e disseram que queriam que os Blister participassem no concurso. Nunca pensamos que poderíamos ganhar, até porque éramos repescados, mas fomos tocar. Para surpresa nossa conseguimos passar à eliminatória seguinte. A final seria no sábado só que eu e o Dikk estávamos contratados para, no mesmo dia, gravar, no Coliseu do Porto, um disco ao vivo. O Hugo e o Gonçalo decidiram que iam sozinhos à final e acabaram por ganhar, o que até por engraçado. Fez parte do nosso percurso e acabou por, dessa forma, se evidenciar mais uma faceta da banda.

A – Estamos a falar em performances da banda em território nacional. Quais seriam os grandes palcos que vocês gostariam de pisar e com que bandas?
M –
Gostava de fazer o Pavilhão Atlântico e os Coliseus. Na perspectiva internacional, penso no Estádio do Wembley.
H – Gostava de abrir para os Velvet Revolver, no Coliseu, num dia de calor para que fossemos todos tocar de calções.
M – Abrir para os Metálica ou para os Incubus seria muito bom. Beatles, Led Zeplin, Jeff Buckley constituiriam opções menos concretizáveis.
H – Queen, Rolling Stones, Dave Mathews Band, INXS e U2.

Ainda que não se partilhem as conquistas de um músico em Portugal, os Blister acreditam que daqui por 10 anos a circunstância em que se encontra a música vai melhorar. Hugo não deixa de abonar sob um ponto de vista que vai de encontro a tal progresso: “as pessoas vão voltar a querer comprar o CD, por que gostam de ter o álbum original”. Os Blister trabalham pormenores como a capa para que essa conquista seja bem conseguida e seja concebida “uma coisa mais quentinha”.
Nessa direcção Mauro assevera que “o dinheiro é importante para fazer com que as coisas aconteçam” e se consigam gerar coisas bonitas neste mundo. Os músicos não podem compor sem que haja condições para tal e é essa tendência, esse ciclo que é necessário inverter. Não raras vezes, os músicos querem singrar, querem conseguir viver dos seus projectos e a realidade com que se deparam é que “não se valoriza” o trabalho efectivado. O que os leva a não desistirem é a paixão pela música que acaba por fazer parte da existência de cada um.
Presentemente, os Blister estão a tentar arranjar meios de subsistência para que consigam tocar. O maior desejo a que Mauro alude é que os músicos sejam “dignamente tratados pelo que fazem”.
No que concerne a prospectivas aquilo que eles querem é “fazer música enquanto me apetecer e me sentir bem. No dia em que isto perder o sentido deixo de fazer música, nem que aí sejamos a banda mais conhecida do mundo”, anuncia Mauro. O que eles querem é mostrar a música que conseguem, que é feita por instinto e que só por esse talento deve ser reconhecida.
Hugo descobre uma porta ao dizer “vou abrir uma empresa” e quem sabe não será esta rebeldia a desencadear um novo movimento em prol da música nacional, pelo mundo, que pode não trazer mais do que um sorriso, mas que valerá a pena se for conseguido dia-a-dia.

Foto fornecida por Hugo Piló


Anabela da Silva Maganinho

5 comments:

Anonymous said...

Não desanimem rapazes! Vai tudo correr bem! Força! Continuem a sonhar e a fazer música como só vocês sabem! Um dia vão alcançar a luz que brilha ao fundo do túnel e vão olhar para trás e perceber que todas essas dificuldades se tranformaram em magnificos e merecidos frutos que finalmente poderão apreciar em condições! Abraço blisteriano!

Anonymous said...

Então a banda começou no ano 2001 ou 2006?

Anonymous said...

resumo da bio dos blister:

2001 foi o ano em que se cruzaram vocalista e guitarrista num projecto televisivo e aí decidiram formar a banda recrutando os outros dois elementos...

2002 - demo com três temas (Not for sale) distribuida pelas rádios e amigos,

Dez 2004 - 1º album (Without truth you are the loser),

2005 - sucesso radiofonico atingindo liderança nos tops da antena 3 e bestrock fm; diversos concertos em solo lusitano incluindo 1º parte de alanis morissete na queima de coimbra, para um publico de alguns milhares de pessoas

Maio 2007 - 2º album (Bigger than us)...

alguns temas blisterianos de ambos os albuns foram integrados em bandas sonoras de séries televisivas.

actualmente dado como terminado o percurso da banda, infelizmente!

www.myspace.com/blisterpartyon

Periquita da Nazaré. said...

Muitos Parabéns à Banda....
São a minha banda preferida,adorava ter os albuns,mas agora já não há venda.
Por favor,façam tudo para que a banda va em frente,continue por mts anos,a victória há-de surgir.
Adoro-vos.
Sou da Nazaré.
Periquita.

Anonymous said...

vamos fazer uma petiçao para trazer os blister de volta? já chega de ferias! o publico quer mais BLISTER, venham dai..