Sunday, May 3, 2009

David Fonseca dá luz ao Porto


A primeira noite da queima das fitas do Porto ficou marcada pela presença estrondosa de David Fonseca. O concerto do músico de Leiria acabou com o estalar de um foguete que foi apenas o culminar de todo um concerto que pôs a academia a vibrar. Os anfitriões que abriram o queimódromo foram Skeezos. Os rapazes da Maia estavam radiantes por estarem a pisar o palco principal e revelaram o repertório perante amigos, conhecidos e estudantes. O momento mais esperado da noite era protagonizado por David Fonseca. “Dreams in colour” foi ecoado pelos milhares de fãs de David até porque nunca é de mais ver um concerto do músico mesmo que seja com semelhante formato. “Superstars II” tocado a meio e no final extasiou os presentes que saltaram e entraram em interacção no decorrer de todo o espectáculo. Uma hora e meia, aproximadamente, de luz, cor e a pura emoção que David transmite por onde quer que passa. O segredo para arrastar cada vez mais gente por todo o país? David acaba por brincar um pouco com a situação e afirma convictamente que há um segredo, “mas não te posso dizer”. Às quatro da manhã, o músico consegue espalhar a boa disposição ao colocar toda a sala de imprensa a rir. “Não há segredo nenhum. Não faço a mínima ideia porquê. Eu a semana passada fui ver um concerto do David Byrne, no Coliseu. O David Byrne foi o mentor dos Talking Head durante muitos anos e gosto muito da carreira dele a solo. Posso dizer que o espectáculo que eu vi foi de uma pessoa que parecia que tinha começado nisto ontem e o empenho que ele pôs no espectáculo é como se ele tivesse começado a fazer música e entrado em palco, pela primeira vez, naquele dia. Eu acho que o segredo é esse. É amar a profissão, em qualquer profissão”, assevera.
A humildade de um músico, de um cantor, de um homem que tem uma grande paixão por aquilo que faz. David nunca considerou mais importante o facto de arrastar multidões e recorda que, já no tempo dos Silence 4, nunca percebeu “porque razão é que havia tanta gente a ver-nos”; porém, a verdade é que “havia qualquer coisa nas canções e na força com que nós tocávamos ao vivo que atraia as pessoas, o quê, exactamente, não sei. Talvez se soubesse vendesse em embalagens”, conclui. A verdadeira estrela que recheia o espectáculo de cenário, de pirotecnia, mas, sobretudo, de boa voz e boa música que espelham o autêntico “rocket man”. Anabela da Silva Maganinho

No comments: