

Um atleta que mostrou a garra em campo e que confiou desde o primeiro minuto que a sua equipa era vencedora. Vencedora em conquistas e no trabalho pelo sonho que persegue rumo a um campeonato igualitário.
Aquando da questão de quem seria o potencial vencedor do Torneio, Nanni não hesitou em afirmar convicto que seria a sua selecção: “Entre todos, nós, porque quero ganhar. Se pensar noutra equipa, talvez a Escócia”.
No que concerne à selecção portuguesa, equipa contra a qual tinha acabado de jogar emite a constatação de que é composta por “muitos internacionais”. Nanni pensa que “foi um bom jogo, aliás, foi um jogo difícil. Jogamos muito bem”. Assevera que já tiveram pela frente a equipa das quinas, “noutros torneios ou indoors com a equipa da cidade. Na Liga dos Campeões do Indoor, joguei contra eles e considero que são bons jogadores”, revela Nanni. Ainda assim há um problema que persiste em ambas as selecções: “não jogamos como jogadores profissionais”. Tal como o jogador do HC Roma afirma, além desta não ser uma modalidade muito conhecida por entre os povos e também pelo facto de não serem pagos, acresce como consequência não poderem “treinar muito e, talvez por isso mesmo, o nível não é o mesmo das outras equipas que jogam como profissionais.

Por terras lusas esta não foi a estreia de Nanni. O jogador italiano já esteve em Portugal “há dois ou três anos estive em Lousada, perto do Porto”. Acerca do nosso país tem uma ideia muito franca até porque as coincidências persistem: “penso que é um país simpático, fica muito próximo do Oceano Atlântico. Gosto muito daqui porque o sol acerca a terra e encontramos pessoas como nós em Itália”. E a elação extraída do seu depoimento é que “ [italianos e portugueses] são muito amistosos e divertidos”.
A selecção italiana assume uma equipa que ambicionava tal como as outras se “qualificar para os Jogos Olímpicos ou ainda para a divisão A”, um objectivo que ainda não foi conseguido neste torneio.

Mas nada os desmoraliza. Não obstante às escorregadelas que a vida desta modalidade sofre, ser um jogador de hóquei em campo é, para este atleta, ser um desportista: “talvez o futebol seja o núme


Porém, os entraves são mais que muitos e é complicado quando não há um campo para os jovens revelarem o seu talento. Esta é a dificuldade que mais entristesse Nanni. “Jogo no HC Roma indoor e ganhamos o último campeonato; contudo, por agora não temos um campo onde treinar. Estão a trabalhar no local e actualmente temos de descobrir outra localização para o nosso campo de hóquei”. Chega-se à conclusão que os maiores obstáculos são as inexistentes estruturas para treinar. “Este é um desporto – não sei em Portugal –, mas na Itália não é muito conhecido. Não conseguimos ver jogos de hóquei na Televisão e, por isso, não é fácil apresentar a modalidade às pessoas”. Um campeão ainda por (des)cobrir na persistência pela divulgação de um “desporto muito bom” que se revela por entre uma paixão que o conduz no comando da luta na sua squadra.

Anabela da Silva Maganinho

Aqui fica o meu agradecimento em especial ao Nanni, mas também à equipa técnica e aos jogadores italianos:) Há pequenos gestos que valem muito.
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