Sunday, April 5, 2009

Um jogador do outro lado do mundo

Wilson Faria Vaz, jogador do Freixieiro, realizou, ontem, o jogo de despedida pelo clube de Matosinhos. Chegado ao Choradinho na época 2006/2007 após a passagem pelo Benfica, Wilson ruma agora para Nagoya Oceans do Japão.
As emoções vividas no decorrer do jogo frente ao Sporting foram muitas e os agradecimentos que o brasileiro tem a fazer passam pelas claques e por todos aqueles que fazem do Freixieiro um vencedor a cada jornada.
A partida para o Japão estava marcada para esta manhã, mas o camisola 11 promete voltar, se não for antes, para a inauguração do novo pavilhão deste clube pelo qual esteve ao serviço no seu melhor.

Anabela (A) – No início da época falava-se numa possível saída do Wilson do Freixieiro, no entanto, não foi concretizada a transferência. Agora ficamos a saber que vais para o Japão, um facto que até há cerca de um mês nem sequer era comentado. Como é que surgiu este convite?
Wilson (A) –
Foi por um tempo que o presidente conversou connosco. Explicou-nos a situação em que estava o clube e deu sinal verde para os jogadores poderem agilizar cada qual a sua vida. Então surgiu um interesse de um clube, eu entrei em contacto com algumas pessoas e consegui. Através de um amigo que conheci há um tempo atrás, o Adiu, eu consegui e agora, com tudo fechado, estou a ir para o Japão para a equipa que era do Adiu.

A – O que é que te espera agora por lá?
W –
Agora não tenho a mínima ideia (risos). Já estive lá 15 dias, mas não deu tempo para fazer nada nem para conhecer nada. Agora só Deus sabe. Só sei que existem três amigos lá que falam brasileiro e conto com eles para me ajudarem nesse tempo que vou lá ficar. Vamos ver o que acontece.

A – E há hipótese de um regresso a Portugal ou era esta a oportunidade que esperavas para mudar de país e, inclusive, de continente?
W –
Mudar de país sim, mas para o Rio de Janeiro, para o Brasil, perto da minha família. Infelizmente não foi possível, havia um clube interessado, mas eu optei por ir para o Japão, pois a proposta era irrecusável. Tenho que ir, não tem jeito, é a nossa vida, somos profissionais e temos de seguir o melhor caminho.

A – Em relação ao Freixieiro, quais são os momentos mais marcantes? Quais as lembranças que se afiguram para ti de imediato?
W –
Só lembranças boas. Isso foi mostrado agora neste último jogo. Todos me trataram bem, como se eu fosse da família, como se fosse da casa. Só tenho lembranças boas e isso tenho de agradecer ao Freixieiro, ao Mário Brito, à directoria, às claques do Freixieiro. Eu desejo que eles sejam sempre muito felizes e, como eu tenho convite para a inauguração do Freixieiro, com certeza vou estar aqui para a inauguração do Freixieiro.
A – Mas consegues destacar um só momento do teu trajecto aqui?
W –
Os momentos, para mim, é sempre jogar com as melhores equipas. Quem me conhece sabe que eu gosto sempre de jogar com boas equipas. Frente ao Sporting e ao Benfica, graças a Deus, consigo sempre faço um bom jogo e tento ajudar a minha equipa da melhor maneira.

Aos 33 anos, Wilson vê-se, novamente, a mudar de continente, desta vez o destino é a Ásia, mas sempre com a vontade incessante de voltar para perto dos seus. O Brasil parece estar longe da próxima paragem ainda que a língua o acompanhe no Japão, como o próprio mencionou. Ficamos para ver qual vai ser o desempenho que se revelou num trunfo para o Freixieiro, sem cessar os limites dos admiradores do futsal que paravam ao ver as habilidades que este jogador fazia com uma só bola em campo. Fintar os adversários, driblar a bola em lances, aparentemente, irrealizáveis e a magia que o número 11 espalhava a cada jornada fizeram-nos ver que estamos perante uma verdadeira estrela que é e se encaminha para o outro lado do mundo.






Freixieiro-Benfica 2008 (campeonato)

Freixieiro-Olivais 2008



Freixieiro-Belenenses (play-off 2008)

Freixieiro-Benfica 2009

Anabela da Silva Maganinho

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