Tuesday, June 5, 2007

Todo o Património que Matosinhos conta

Joel cleto, José Hermano Saraiva, Guilherme Pinto e Fernando Rocha
Joel Cleto apresentou a 2ª edição do livro “Senhor de Matosinhos: Lenda, História, Património”, no dia 29 de Maio, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Matosinhos.
Presenças ilustres como as de Guilherme Pinto, presidente da Câmara de Matosinhos, e de Fernando Rocha, vereador da cultura do mesmo Município, assinalaram a sessão de lançamento exposta pelo Prof. José Hermano Saraiva.
Mais de uma década após a primeira edição do livro, no ano de 1995, Joel Cleto vê-se confrontado com a necessidade de proceder à actualização de este seu livro que constitui um marco não só para as Gentes da Terra, como para o País.
Se “há livros que não precisam de ser apresentados” este é um deles. “Estamos perante um livro sério, com assunto sério, que conseguimos ler apaixonadamente”, explicou o Prof. José Hermano Saraiva, “porque Joel Cleto conta tudo neste livro de forma simples”. Este dignificador da História de Portugal, atentou para o facto de que “Matosinhos é um grande concelho, dos mais representantes do País”, sendo constituído por um “potencial humano extraordinário” não só nem quantidade como em qualidade.
Joel Cleto, durante a sua oratória, salienta que “este não pretende ser um livro de investigação, mas um livro de divulgação”. O CD que lá contém é uma forma de revelar essa intenção, pois as pessoas não apenas poderão ler o livro, como também terão a possibilidade de visualizar imagens e vídeos de outrora. “A questão da divulgação é para alguém como eu uma questão central. Mas a história só faz sentido se for para a comunidade”, fundamenta o autor. De acordo com a opinião de Joel Cleto, valorizamos melhor o património, porque o conhecemos melhor se for partilhado por muitos. Porém, “há muita gente que não quer partilhar este conhecimento”, e esse é o problema com que se depara todos os dias. A história é um conhecimento que faz o estado de vida das populações e forma, desse modo, a memória colectiva.
Guilherme Pinto agradeceu a ambos a “capacidade de partilhar o conhecimento, tornar simples os assuntos complexos” ou de chamar a atenção para situações que nem sempre damos a devida consideração. É esse conhecimento que se “vem edificando na formação da cidade de Matosinhos” e porque “nós somos a terra onde, porventura, nasceu o Infante D. Henrique”. O presidente da Câmara continua proferindo algumas palavras em direcção aos habitantes da cidade de “Matosinhos da Liberdade”, dos Irmãos Passos, do desembarque na Praia da Memória. A cidade do Porto de Leixões, das Conservas, assim como dos Arquitectos. Este é, inclusive, o município da Cultura, “que tem conseguido consolidar-se nas últimas duas épocas” como «porto de Horizontes».
Falamos do Matosinhos de “raízes, ambição e criatividade” – sintetiza Guilherme Pinto – destemido de quaisquer preconceitos, uma vez que “os velhos do Restelo sempre existiram, mas os descobrimentos sempre se fizeram e Matosinhos também se faz”.
E por que o Património é de todos podemos começar a partilhá-lo por intermédio do Senhor de Matosinhos.


Anabela da Silva Maganinho

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