Tuesday, February 1, 2011

SEXTA-FEIRA, 19 DE NOVEMBRO DE 2010

Romance apresentado em livro aberto

António M. Oliveira lançou o terceiro livro, intitulado “ Pedra d’Água”, na noite da passada quinta-feira, no ISLA de V.N. Gaia.

Jorge Castelo-Branco foi o primeiro a tomar a palavra, enquanto editor, e não deixou de revelar alguma emoção ao falar daquele que se tornara seu amigo. Castelo-Branco lembra como se conheceram e como este terceiro escrito chegou à sua edição. “Vê o trabalho que te enviei para o e-mail. Se gostares é teu”, foram estas as palavras de António Oliveira para aquele que fora o editor dos anteriores exemplares.


A Artur Villares coube a apresentação daquele que “decidiu entrar neste vaivém perpétuo de Camus, entre si e os outros”. No que concerne ao livro, “depois que ele está aqui não é mais nosso. Segue em frente. Em Pedra d’Água já não é o autor e eles, começamos a ser nós, leitores, e eles”. Neste cruzamento entre ficção/realidade, história, passado/presente, Artur Villares assevera que “nos envolvemos” e que nos invade “essa tristeza do abandono, porque não vamos conviver mais com ela, a não ser na memória”.

Chega, finalmente, a voz do autor. António Oliveira, emocionado com as palavras do amigo, abre o livro com 10 anos e deixa, desde já, claro que “este é um livro complicado, porque tem uma história muito lenta que se passa entre 1939 e 1945”.

Um romance repleto de histórias “que me levaram muitas tardes a investigar”, enredadas num trilho onde se “encontra tranquilidade com emoções fortes” entre a Ericeira e a estrada de Sintra.

Um momento partilhado por amigos e conhecidos que mostra um livro que daria “um belíssimo filme”, como sugeriu Artur Villares e levanta-se a questão: “será que temos país para isto?”.

Anabela da Silva Maganinho

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