Um jogo pela paz

William e Yazalde
Hugo Monteiro
O Gil Vicente conseguiu conquistar a vitória frente ao Varzim (3-2), esta manhã, no Estádio do Varzim SC.
Um jogo arbitrado por Pedro Proença que até mostrava mais posse de bola para a formação varzinista, mas que até ao final do encontro a equipa visitante de Barcelos conseguiu surpreender com os tentos à baliza de Marafona.
Os primeiros minutos asseguraram tentativas de expansão do terreno por parte das duas equipas. Aos 3’, o Varzim avança no primeiro remate, mas sem resultado eficaz. Logo de seguida o Gil avança em contra-ataque e consegue um canto, contudo, não se concretiza da melhor forma. Até ao minuto 10, ambas as formações tentam bater-se pela chegada ao golo e o momento mais significativo surge pelo camisola 27 do Varzim, Mendonça, mas as mãos de Marco. O Gil mostrava uma defesa fraca, Yazalde remata novamente, no entanto, as mãos do guarda-redes gilista volta amparar o pontapeado. Ainda assim é o Gil quem parece chegar primeiro ao golo. Ao minuto 16, um remate bem conseguido põe a euforia no galo, mas a equipa de arbitragem compreende fora de jogo ao lance começado de livre por João Vilela.
Vinte minutos transcorridos, enceta a essência gilista ao ataque. Canto batido, nada de assustar. Igor Souza volta a ultima, falha na concretização ao golo. Diego Gaúcho segue-se nas tentativas, encaixa na baliza e vale Marafona para o Varzim. 
Aos 28’, cobrança de livre para o Varzim, na sequência de cartolina atribuída ao Gil, sem resultado visível.
O Gil aproveita mais uma oportunidade para atacar. Falta de Alexandre sobre João Vilela. Igor Souza volta a conduzir mais um lance bem conseguido, mal concretizado, pois não passa das mãos de Marafona.
Mendonça ensaia um remate para assinalar para o Varzim. Aos 37, é assinalada falta sobre Telmo e o Varzim acaba por aproveitar a sequência de um livre para meter a bola na baliza estreando o marcador. 1-0 para a formação da casa por intermédio de Yazalde que cabeceou directo. 
O Gil parecia mostrar-se mais ofegante do que o que deveria, afinal estava a perder. Foi então que Hermes aproveitou o ressalto de um colega de equipa defendido por Marafona e faz o Gil igualar a partida no minuto após os 45. 

Os jogadores recolhem aos balneários e, na subida ao relvado para a segunda parte, parece ver-se um pouco daquilo que se assistiu na primeira parte. Desta vez, pareciam ambas as equipas oscilar entre os rasgões no ataque e o desvanecer do ataque. A posse de bola era repartida e evidenciava-se a luta também impulsionada com as substituições efectuadas por ambas as equipas.
Malafaia parece a mais significativa no comando varzinista e a saída de Ivanildo também acaba por ser uma boa opção para os gilistas pelo desgaste do jogador.
O Varzim avança no segundo tempo perante um Gil mais passivo e com mais dificuldades em ultrapassar o meio-campo. As faltas tomam conta da partida… é a sucessão. É a equipa da casa quem volta a colocar-se na frente do marcador. O goleiro? Yazalde.
O jogador, que tem grandes probabilidades de rumar ao Braga, volta a assinalar um tento para o Varzim. Canto apontado por Telmo e o camisola 14 pontapeia ao golo (72’). Nos minutos subsequentes, o Gil volta a transformar o meio campo, primeiro com a entrada de Hugo para o lugar de João Pedro e depois pela entrada e saída dos vermelhos. João Vilela dá lugar ao também ex-benfiquista João Coimbra. 
As mudanças em campo não são muitas, mas ao minuto 79’ vê-se o Gil chegar ao empate justamente por Hugo, na sequência de cruzamento de Igor Souza. 


Dois igual no Estádio do Varzim SC e a euforia extasiante começa a comandar o jogo, visto que ambas as equipas visavam vencer a partida.
Perto do minuto 90’, Alexandre acumula amarelos e é expulso, ficando a formação gilista favorecida no que concerne ao número de homens em campo.
O Varzim segue o trajecto do Gil e também esgota as substituições. No entanto, a mais valia de superioridade numérica não é um elemento que a formação de Barcelos não deixa de aproveitar e chega assim ao golo da vitória. Rodrigo Galo aponta o canto e William aponta para as redes de Marafona, deixando o guardião sem hipótese de defesa (2-3). 


Uma vitória ansiada que faz ascender o plantel de Manuel Ribeiro ao quarto lugar, uma posição cada vez mais próxima da cimeira onde se encontra o Olhanense com mais quatro pontos.

Substituições
45’ Nelsinho sai e entra Miran para o Varzim
55’ André sai e entra Malafaia para o Varzim
58’ Ivanildo sai e entra Kalaba para o Gil Vicente
74’ João Pedro sai e entra Hugo Monteiro para o Gil Vicente
78’ João Vilela sai e entra João Coimbra para o Gil Vicente
90’ Nuno Rocha sai e entra Pedro Santos para o Varzim
Golos
37’, 74’ Yazalde
45’+1 Hermes
80’ Hugo
90’+2 William


Cartões:
Amarelos
24’ João Vilela
26’ Pedro Ribeiro
33’ Alexandre
37’ William
73’ Tiago Costa
75’ Kalaba
81’ Hugo
89’ Alexandre
A(s) Figura(s)
Hugo e William pelo Gil Vicente



Anabela da Silva Maganinho



A – Introduzem a página do myspace por dizer que “os Flirt são, finalmente, um sonho que se vê”. Era, efectivamente, esperado o lançamento do disco, uma espécie de primeira consagração do vosso trabalho?


O gosto pela música brotou desde cedo e Ricardo chega mesmo a assumir que “quando estava na quarta classe cantava uma música dos Grease numa festa de Natal”. Uma lembrança que faz surtir comentários em jeito de graça por parte dos outros membros.

A – Em relação à vossa música, disseram, durante o showcase na Fnac de Santa Catarina, que é rock. Um rock mais no regresso às origens ou um rock mais modernista?




Tiago Ramos não deixa de destacar que estão “todos no mesmo barco queremos é remar todos para o mesmo lado. Portanto, a ideia, de facto, é que esta banda vá para a frente e consiga o seu estatuto no panorama musical nacional”.
Uma aspiração comandada pela forma como encaram esta presença. Ricardo Oliveira afiança que vão “continuar a dar luta, vamos dar passos do tamanho das nossas pernas” e continua “como eu dizia há pouco, a nossa determinação tem-nos feito chegar até aqui”. A audácia daqueles que gostavam “de deixar na música nacional uma pegada que fosse pelo menos um décimo do que os Xutos e Pontapés deixaram”, como refere Mário.
