Friday, April 25, 2008

O Senhor da cidade

As festas do Senhor de Matosinhos vão decorrer de 1 a 18 de Maio num espaço diferente devido às obras no complexo da responsabilidade da Santa Casa da Misericórdia.
Este ano, no Parque 25 de Abril, vão poder ser vistos apenas os divertimentos para as crianças, espaços de refeições rápidas e, ainda, o palco de espectáculos - contrariamente ao ano anterior onde se prolongavam as diversões para os adultos. Por razões de ocupação do espaço dos anos precedentes com o complexo da Santa Casa, a área de divertimentos para os mais velhos vai estar localizada na Avenida Comércio de Leixões e no mais recente Parque Manhufe. Ao descer a esta Avenida encontraremos a Avenida Engenheiro Duarte Pacheco ocupada com metade dos feirantes. A Avenida D. Afonso Henriques, na transversal à Igreja, vai estar ocupada, sobretudo, com a Feira do Artesanato e a outra metade das barraquinhas estará nesse local.

Xtasy

O programa deste ano vai contar com a tradicional feira da louça, que se inicia já no próximo domingo, com as actuações de Salvador (participante da Operação Triunfo) e Xtasy no dia 3. O Fernando & Amigos Superstar vão subir ao palco a 10, e o anfitrião Rui Tato fecha o dia 17. Por entre o fogo de artifício de sábado à noite (dia 10) ao fogo de bonecos que se realiza na terça-feira 13 à tarde, as comemorações têm sempre algo para dar a cada hora destes 18 dias de festa.

Rui Tato

Uma das festas mais visitadas do país - cerca de um milhão de pessoas no ano transacto, de acordo com a Câmara Municipal - está de volta, com música e tradição, à cidade de "mar e horizontes".

Anabela da Silva Maganinho

Wednesday, April 23, 2008

Viajar pelo(s) espaço(s)



José Luís Peixoto, Adriana Lisboa e Mempo Giardinelli revelaram, ontem, a viagem “ a viagem ou a inquietude da solidão”, na mesa que encerrou o ciclo de conferências “Literatura em Viagem”, em Matosinhos.
A moderação ficou a cargo de Manuel Sobrinho Simões que, apesar de efectuar pesquisas relacionadas com cancro, foi convidado por gostar de ler e por se assumir um viajador, nem que seja em trabalho. E foi Sobrinho Simões quem começou a discussão ao dizer que “a morte das pessoas é a coisa mais espantosa que há”.


Mempo Giardinelli concorda com a afirmação e advoga que “na literatura, nós também trabalhamos com a morte”. O autor argentino confessou que se a literatura, designadamente a literatura centrada em viagem, se transformaram no refúgio. Giardinelli recordou momentos passados, que o acercam no presente, de viagem e deu-nos a perceber "a viagem e a literatura como impulsionamento “para recuperar o tempo perdido”. Foi então que se dedicou a viagem pela Argentina e tal encaminhar permitiu-lhe “conhecer uma Argentina mais profunda que era a que eu queria conhecer”, confessa o autor.
Adriana Lisboa consegue ver a solidão para além da inquietude, não tendo, para ela, uma coisa a ver com a outra até porque se “a solidão provoca inquietude, a mim nunca me provocou”, de acordo com a brasileira. Adriana referiu que o primeiro meio de transporte dela são os livros e, por isso, assevera que “as viagens reais e simbólicas têm se dado através dos livros”. No entanto, a escritora “ao contrário de viajar em busca das entidades ou países viajo para me sentir estrangeira”, na busca do diferente, e, nesse sentido, não pretende essa situação até porque “a vida é a aceitação do nosso mundo que não tem outra coisa a não ser transitória”, enfatiza. Nada poderá criar uma melhor imagem do que este facto que passo a enunciar: Adriana é brasileira, mora nos EUA e viu-se a escrever, em português, acerca de Quioto (Japão).



O luso José Luís Peixoto reflecte sob um outro prospecto até porque as obras dele não «diziam», supostamente, muito acerca da temática. Ainda assim, consegue resumir a ideia daquilo que pode ser exposto: “existem diversas formas de viajar, designadamente a viagem no tempo – a científica – como a viagem da idade – do ontem para amanha”, enuncia. A vida, para este autor, está envolta em nós e “os livros são compostos de uma matéria fundamental que é a vida”. A vida que também é o tempo, sendo “o tempo é aquilo que fazemos com ele” e “a nossa aprendizagem da própria vida do início até ao fim do qual não podemos fugir”, assevera o escritor com algum humor no decorrer da oratória.
“Escrever é um acto de solidão”, como diz José Luís Peixoto, “mesmo que num café ou num estádio, porque quando se escreve está-se sozinho e quando lemos também, mesmo em voz alta”. Este é o entendimento da viagem que, inclusive, Giardinelli admite ao explicar que a “solidão é um motor da angústia e a angustia é o motor da criação literária”. A inspiração que advém, porventura, da “ viagem interior [que] é a melhor viagem da literatura…a viagem do leitor” que ora foram e que lhes transmite a confiança da “maravilha de uma viagem na literatura [que] não é de ida. A maravilha é viajar”, diz o argentino. E não importa qual a direcção, se intensa ou mais vaga, quando “navegar é preciso”, cita o escritor.
Actos que sublinham o indivíduo e que se traduzem em características que vão envolver algum esforço compreendido por prazer e mudança, como nos enfatiza José Luís Peixoto.



Mais do que um reflexo no espelho, quatro pessoas marcaram a presença, em mais um ciclo da literatura, onde o que importa não é a entidade que sabe as respostas, mas a pessoas que as procuram, pois “há memórias que já não se sabe se são lidas ou vividas”, à luz de José Luís Peixoto, mas a lembrança das literaturas ou das viagens vai permanecer a cada página vindoura até ao próximo ano.




Anabela da Silva Maganinho



Aqui deixo duas citações que me parecem de relevar:


"A viagem é o tempo... é relativo, passa devagar… Temos um relógio, mas não serve de nada. Se acha que a vida passa depressa cometa um crime e va para a prisão e aí passa devagar.
"Há uma coisa que, para mim, é muito curiosa por textos que tenha escrito. Uma coisa com a qual sempre me debati foi o facto de, no sítio mais exótico, nunca conseguir ter um olhar que não fosse o olhar de uma pessoa [como eu]. Não conhecer mais ninguém por dentro a não ser a mim próprio". José Luís Peixoto

Tuesday, April 22, 2008

Academia ao Parque

imagem extraída so sítio oficial da CM Porto
As noites da Queima das Fitas do Porto vão contar com os nomes internacionais de Gentleman e Sean Kingston.
O cartaz foi divulgado, hoje, na Câmara Municipal do Porto, numa apresentação que contou com Vladimiro Feliz (Vereador da Educação, Juventude e Inovação), com Ivo Santos (o presidente da FAP) e com a Governadora Civil do Porto, Isabel Oneto.
Para a semana mais ansiada pelos académicos, especialmente pelos finalistas, vai decorrer de 4 a 10 de Maio, no Parque da Cidade. Para além das «noitadas», o ponto alto vai ser a missa da benção das pastas. Este ano, pela primeira vez, o evento vai realizar-se na Avenida dos Aliados.
A abrir as noites da queima sobem ao palco Plaggio e Blasted Mechanism. Domingo é a vez de David Fonseca e Jorge Palma, o dia seguinte fica a cargo de Sam the Kid e do alemão Gentleman. Diapasão e Quim Barreiros vão animar a noite respectiva ao dia do cortejo aos quais se seguem, no dia 7, os Irmãos Verdades e os Clã. Na noite superbock vão-se ouvir os Trabalhadores do Comércio e o rapper Sean Kingston. Nas últimas noites, vão passar pela Invicta os Wraygunn e os Xutos & Pontapés (dia 9) e dia 10 os Expensive Soul - que «jogam» em casa - abrem para os Da Weasel.

fonte: sítio oficial da CM Porto

Anabela da Silva Maganinho

Sunday, April 20, 2008

Equipa do mar na linha d’agua

O Leixões empatou, hoje, no Estádio do Mar, a zero com o Estrela da Amadora, um resultado que empurrou a formação de Matosinhos para baixo da linha de água.
O primeiro minuto da partida fez anotar uma grande defesa de Jorge Baptista. O Leixões mostra-se um pouco nervoso, por entre lances de maior atrapalhação entre os jogadores. Jorge Gonçalves, que se tem mostrado menos produtivo nos últimos encontros, pontapeia de lado para a baliza, mas a bola sai por cima da baliza de Nelson. Sem Beto à baliza, por lesão, o Leixões começa o ataque frente ao Estrela por Diogo Valente e Paulo Machado que remata ao lado das redes. O mesmo jogador acaba por efectuar um lance de perigo três minutos depois (6’) com passe para Diogo Valente que se posiciona em disputa de bola com Rui Duarte. O Estrela vai tentando o controlo de bola a meio-campo; contudo, a eficácia na progressão não é conseguida. Maurício cria um instante mais apertado para a formação do mar quando bate por cima a bola para defesa de Jorge Baptista. Aos 16 minutos, Paulo Machado cobra o livre a favor do Leixões só que o lance não é feliz para a turma de António Pinto. O Estrela aproveita com contra-ataque por Rui Duarte que é travado por Nuno Silva. A cartolina amarela é mostrada por Lucílio Baptista e o Estrela comanda os lances subsequentes. Mateus é o protagonista do livre, Fernando auxilia e Anselmo acaba por rematar ao lado. O jogo volta ao meio-campo ainda que o Leixões tente a ofensiva. Uma coordenação de passes é concebida por Mateus, N’Diaye e Anselmo, que acaba por falhar na finalização.
A melhor jogada surge ao minuto 35 pelo lado do Leixões. Sprint horizontal de Paulo Machado, passe a Jorge Gonçalves para Hugo Morais rematar com pouca força para as mãos de Nelson. O Leixões e o Estrela mantém-se equilibrados nos minutos finais antes da descida aos balneários.
Na segunda parte, Rui Duarte continua os lances ofensivos; contudo, o Leixões não se deixa ficar e, por intermédio de Filipe Oliveira, que passa para Paulo Machado só que a hesitação de Jorge Gonçalves na altura do remate não evitam a defesa do guardião do Estrela.
Ao minuto 58 grita-se golo no Estádio do Mar só que a bola não entrou nas redes do lado. Por escassos milímetros o golo não é feito por Jorge Gonçalves. O Leixões tenta atacar mais; porém, o Estrela da Amadora jogava sempre para ganhar. António Pinto procede às alterações na sua equipa com a saída de Paulo Machado, um acto que exalta os ânimos, visto que estava a ser o melhor jogador em campo. Diogo Valente mostrava cansaço ao longo desta segunda parte e António Pinto considerou a saída do lateral para fazer entrar Nwoko. O maltês consegue enquadrar-se no esquema de jogo e ataca junto com os colegas de equipa ainda que não muito além do meio-campo. O Estrela volta ao ataque sem concretização. Ao minuto 39 é a vez do lance que suscita dúvidas, Roberto vai na direcção da baliza de Nelson, lançado para o golo, e parece ser tocado pelo jogador do Estrela. Lucílio Baptista manda seguir a partida, nada assinala.
Em cima do final do tempo regulamentar a confusão instala-se na pequena área de Nelson. Pedro Cervantes bate o canto, João Moreira vai à bola e esteve perto de marcar e vários jogadores tentam o remate, mas Nelson já estava caído na baliza.
O Leixões não consegue mais do que a divisão de pontos o que lhe assegura a permanência abaixo da linha de água a um ponto do Paços de Ferreira que empatou, também hoje, mas a duas bolas com a Naval.



Cartões
amarelos
17’ Nuno Silva (Leixões SC)
29’ Diogo Valente (Leixões SC)
42’ Jorge Gonçalves (Leixões SC)
45+1’ Hélder Cabral (Estrela da Amadora)
49’ Rui Duarte (Estrela da Amadora)
76’ N’ Diaye (Estrela da Amadora)
88’ Mateus (Estrela da Amadora)


Substituições
59’ substituição do Estrela da Amadora sai Mendonça entra Pedro Pereira
65’ substituição do Leixões sai Paulo Machado entra Pedro Cervantes
72’ substituição do Leixões sai Diogo Valente entra Nwoko
78’ substituição do Estrela da Amadora sai N’Diaye entra Nuno Viveiros
81’ substituição do Leixões sai Filipe Oliveira entra João Moreira


A figura

Mateus

e Rui Duarte

Anabela da Silva Maganinho

As viagens da literatura

Jorge Sousa Braga, Isabel de Nóbrega, Marcelo Correia Ribeiro, Pedro Mota e Gonçalo Cadilhe

O ciclo de conferências "Literatura em Viagem" abriu portas, hoje, na Biblioteca Florbela Espanca, em Matosinhos, com a mesa "Viajar é perder países".
Com moderação de Marcelo Correia Ribeiro, Gonçalo Cadilhe e Jorge Sousa Braga, não obstante à presença de Isabel da Nóbrega e de Pedro Mota, revelaram a perspectiva das viagens. Viagens essas "cujos pontos de partida e de chegada não são necessariamente coincidentes", de acordo com Jorge Sousa Braga.
Efectivamente, as viagens não tem de ser um espaço transcorrido, ou um espaço de perda, e por isso Gonçalo Cadilhe referiu-se um pouco ao sentimento que daí suscita. O jornalista independente chamou à atenção que "não é o facto fazer colecção de países que é relevante, todavia, "a necessidade de regressar a outros países, mas com outra idade". "Chego a um sítio onde já estive e compreendo o que o tempo fez de mim desde a última vez", explica Gonçalo.
Uma mesa que teve passagens pela carta de Pero Vaz de Caminha e que evidenciou o dito «nada de perde, nada se ganha, tudo se transforma».
Anabela da Silva Maganinho

Tudo em aberto




O Freixieiro derrotou, hoje, os Sassoeiros (6-3) num encontro em que a equipa da casa mostrou continuar na corrida aos lugares cimeiros da Liga Futsagres.
Sem Israel nos minutos iniciais, por opção, o Freixieiro deixou o Sassoeiros começar o ataque. No entanto, foi sol de pouca dura, visto que a formação de Matosinhos mostrou lances ofensivos de valência. Aos 5 minutos, o Sassoeiros tenta progredir no terreno de modo a conseguir a finalização, só que quem aproveita é a formação de Joaquim Brito. A partir desse instante, o Freixieiro prossegue com lances coordenados para a baliza de Carlo Cardoso e chega ao golo, por intermédio de Paulinho (6’). Cardinal consegue sacar a bola e Júlio aproveita o lance para o remate de Paulinho. O tento do número 10 dá outra moral à equipa da casa, ainda que o Sassoeiros revele a ânsia do empate. A surpresa vem dois minutos depois do golo do Freixieiro. No meio de uma confusão entre os jogadores, Ré executa um remate de longa distância (na ala da marca de penalidade) que imobiliza as redes de Roque e todos os presentes.
O Freixieiro não baixou guardas e Ivan remata destemido à baliza do adversário. Logo a seguir é a vez de Cardinal tentar a sua sorte, mas sem êxito (11’). O Sassoeiros toma posse da bola e vai na direcção das redes de Roque; todavia, o golo não estava perto. Israel bate um canto ao minuto 10 e até ao final do primeiro tempo deu, sobretudo, Freixieiro. No minuto subsequente Ivan volta à carga. O internacional tenta um remate de longe, acabando por não alcançar o objectivo. Israel sobe no terreno e remata às mãos de Carlo.
Dois minutos decorridos, o Freixieiro volta a pôr-se em vantagem através de Cardinal que efectua um remate fora da grande área. O mesmo Cardinal volta ao ataque segundos depois com um novo remate. Israel à boca da baliza acaba por não conseguir chegar ao golo porque Mauro Fonseca lhe tira o gosto.
Os dois últimos minutos assinalam o pontapé forte de Ivan que o guarda-redes ampara, mas o mesmo não detém o golo que Israel consegue concretizar e, logo a seguir, o de Wilson. O Freixieiro não dava hipótese à equipa visitante e Nené ainda gasta os últimos instantes da partida com dois grandes remates.
Os jogadores desciam aos balneários e o marcador assinalava 4-1 a favor da formação de Joaquim Brito.
A segunda parte principia de modo semelhante à primeira e o Sassoeiros dá um ar de graça com um ataque controlado.
Nené pontapeia na direcção do golo, mas não consegue novamente (3’). Ivan tem igual sorte e falha na concretização. Duas oportunidades fracassadas que dão azo ao golo do Sassoeiros ao minuto 9 por Ré (4-2). O camisola 14 finta Ivan e Ricardo e remata sem possibilidade de defesa para o guarda-redes. Dentro do mesmo minuto é a vez de Luís Vilar assinalar o golo. O 4-3 estava feito e mais uma vez vimos a supremacia do Freixieiro. O primeiro arranque foi dado por Israel num sprint ao atravessar o campo rumo à área. O número 8 efectiva um remate de perigo para o guardião do Sassoeiros, mas aquele que assusta Carlo é Nené que de pé cheio bate na bola. A formação do Sassoeiros já não tinha muito a fazer e apenas se serve do libero para avançar no terreno. Por entre lances de condução e controlo de bola, o Sassoeiros faz com que o Freixieiro seja detentor de dois contra-ataques bem conseguidos que se traduzem em dois golos semelhantes com um mesmo protagonista: Nené (1’).
O Freixieiro atingiu mais uma vitória em casa e mantém-se na corrida com o Benfica, que também conseguiu os três pontos frente ao Olivais.


Formações
Freixieiro:
Tó, Ricardo, Ivan, Nené, Júlio, Israel, Cardinal, Paulinho, Wilson, Miguel Mota, Pedro, Roque.
Sassoeiros: Luís Vilar, Bruno Cardoso, Pedro Caetano, Mauro Fonseca, Rui Quintas, Ditos, João Telhado, Carlo Cardoso, Nelson Gonçalves, Ré, Tchola, Pina.


Cartões
Amarelos
1T: 14’ Cardinal (AR Freixieiro)
2T: 5’ treinador adjunto (CF Sassoeiros)
11’ * (AR Freixieiro)
6’ Pedro Caetano (CF Sassoeiros)
1’ Miguel Mota (AR Freixieiro)

*o árbitro não isolou o jogador a quem atribuiu a cartolina amarela. Três jogadores estavam nas imediações do juíz.


A Figura
Nené
Anabela da Silva Maganinho

Saturday, April 19, 2008

Emoções consagradas na obra

António Oliveira, Artur Villares e Sérgio Matos

António Oliveira lançou, ontem, no ISLA Gaia, o livro “O que resta de Deus” para as pessoas que o conheceram, o (re)conhecem ou tão-somente querem saber quem é.
Com apresentação de Sérgio Matos, docente do instituto, “O que resta de Deus” acolheu um auditório repleto de vidas que trouxeram a emoção ao autor. Um livro que “estava escrito há 15 anos”, de acordo com António Oliveira, que está agora a ser revelado a todos. Como Artur Villares referiu foi a transição de um livro que “não está só do lado de António Oliveira”, mas que se encontra perto de qualquer um que assim o queira.
Sérgio Matos considera este escrito “literatura e genuína” e tanto lhe faz “se é uma linguagem antiga ou não”. Num retrato de perdas que pode ser visto a vários níveis “O que resta de Deus” espelha a guerra das ex-colónias, numa “perda de cultura, do hábito e da lógica do ler”, pela “perda do amor ou, pelo menos, medo do amor” que transmite “a perda da fé de um Deus que não estava lá”, enuncia o apresentador.
Mais de uma década que, finalmente, pode agora ser vista, lida e interpretada, tendo a obra conseguido dois autores – o que a escreve e o que a lê – e apenas nos «resta» ficar com as palavras de Sérgio Matos aquando do término da oratória “enquanto não chega o novo que há de vir, a poesia é o que resta e o que basta”.

Anabela da Silva Maganinho

Wednesday, April 16, 2008

Braga salta os arcos





O SC Braga é o primeiro finalista da Liga Intercalar após vencer o encontro com o Leixões (1-4), hoje, no Estádio dos Arcos, em Vila do Conde.

O segundo lugar do torneio de Primavera acabou por mostrar a supremacia defensiva e ofensiva no terreno do Rio Ave frente ao Leixões que se tinha sagrado campeão do torneio de Inverno. Os tentos de Zé Manel (gp), Wender, Pizzi e Ruca valeram para o Braga, por sua vez a equipa do mar assinalou o único golo por intermédio de Elvis.
Manuel Machado mostrou-se satisfeito pelo resultado conquistado pela formação. António Pinto justificou a derrota com a prioridade para o jogo com o Estrela da Amadora a contar para o campeonato.

Falta saber qual a equipa que saiu vencedora do jogo entre o Trofense e o Varzim, uma partida realizada no Estádio Municipal da Maia, que irá encontrar o Braga na final já no próximo dia 30 de Abril.

Anabela da Silva Maganinho

Tuesday, April 8, 2008

Jaime fora de jogo



Jaime abandona o Leixões, hoje, na sequência do insucesso da cobrança de grande penalidade, ontem, no jogo frente ao Belenenses.
O atleta resolveu abandonar a equipa do mar por considerar que já não tinha condições para continuar a desenvolver a sua actividade no Leixões, de acordo com o sítio oficial do Leixões SC.
Os capitães de equipa, juntamente com o treinador António Pinto, reuniram-se com Jaime na tentativa de o fazer recuar na decisão, mas o jogador manteve a sua palavra. Aquando do final da partida de ontem, Jaime ouviu o desagrado dos adeptos do Leixões e constatou que continuar "iria ser prejudicial para ele e para o grupo de trabalho". China, capitão do clube, afirmou, na conferência de imprensa, que esta "foi uma tomada de posição apenas do Jaime".
Desta maneira o médio cessa o contrato de forma amigável com a formação de Matosinhos.

Anabela da Silva Maganinho

Monday, April 7, 2008

Deslize pela água



O Leixões perdeu, hoje, com o Belenenses (2-1), num jogo em que a equipa de Matosinhos falhou dois penalties.
O primeiro remate da partida ficou a cargo da formação de Belém e só três minutos depois é que o Leixões consegue chegar à baliza de Júlio César, mas falha na concretização. No minuto subsequente (5’), a equipa de António Pinto tenta um remate que assusta o guardião adversário.
Decorria o primeiro quarto de hora quando o Leixões chega ao golo; no entanto, o tento é invalidado por causa do lance ter resultado de uma mão na bola. Vieirinha, que já se vinha a destacar no encontro, faz um sprint pela auto-estrada que se abre no meio campo do Belenenses, até ao momento em que Rodrigo Alvim o trava. O Leixões comanda estes últimos cinco minutos e eis que ao minuto 20 Roberto acerca a pequena área, só que não consegue mais do que um passe para o colega de equipa. Vieirinha volta a brilhar (24’) com um lance de corrida que Jorge Gonçalves não sabe aproveitar da melhor maneira. Os minutos que se seguiram ficaram no domínio da formação comandada por Jorge Jesus (o treinador estava incessante nas orientações aos seus atletas ao longo de todo o encontro). O Belenenses tenta o remate ao minuto 25; porém, desta vez, a defensiva leixonense, nomeadamente Nuno Silva, não permite que o ataque prossiga.
O primeiro golo do jogo surge perto do minuto 30 por intermédio de Weldon. Consequência de ressalto o camisola 7 consegue colocar a formação de Belém na frente do marcador.
A chuva forte começa, no Estádio do Mar, e o Leixões ataca, mas não por muito tempo. Jorge Gonçalves, na sequência de uma falta, fica caído no relvado e o árbitro não pára a partida. O jogador do Leixões fica imóvel e é então que Cosme Machado interrompe o jogo. O Belenenses tentava a progressão no terreno e aos 34 minutos Rubén Amorim remata forte ao lado da baliza de Beto. Nem um minuto passava aquando de outro pontapé do Belenenses que conduz a bola ao poste. Um grande remate que nem no ressalto os atletas de Jesus conseguiram colocar a bola dentro. Até perto do final da primeira parte, a posse estava do lado da equipa visitante e o Leixões apenas conseguiu atacar por entre um remate de Jorge Gonçalves que passa a milímetros da baliza de Júlio César. Em cima do tempo de descontos uma mão do jogador do Belenenses fica por assinalar após um lance protagonizado por Filipe Oliveira.
Na subida ao relvado para o segundo tempo, António Pinto procede à alteração na equipa com a entrada de Paulo Machado para o lugar de Castanheira. O Belenenses entra com lances de controlo de bola, para fazer abrir o jogo e não dá grande hipótese do Leixões tomar a ofensiva. Ainda assim Vieirinha e Jorge Gonçalves vão tentando os remates à média distância, mas sem qualquer sucesso. A equipa de Jorge Jesus muda de táctica e coloca-se à defesa. Com a entrada de Diogo Valente (52’), resultado da saída de Vieirinha, a defesa intensifica-se nos azuis, sendo visível que os jogadores não passavam do meio campo. Apesar dessa constatação, a formação de Belém chega ao segundo golo sem possibilidade de defesa para Beto. Logo a seguir Roberto avança para o ataque, todavia, opta por fintar o defesa do Restelo ao invés de lutar por um remate. O ataque do Leixões mostrou-se debilitado nas oportunidades fulgurantes para o golo.
Jesus começa as substituições ao colocar no terreno Cândido Costa. Vê-se mais Belenenses no domínio. Ao insistir no contra-ataque e no drible de bola, os azuis conseguem progredir no terreno.
O Leixões insiste por cabeceamento de Roberto sem grandes preocupações para Júlio César que ampara. Com aproximadamente 15 minutos para o final da partida, Paulo Machado remata forte por cima da baliza. E é Paulo Machado quem altera o marcador ao minuto 79. Num remate de meia distância, o camisola 6 tira a bola, corre e coloca-se de pronto a fazer a bola entrar. Júlio César, que tinha sido anteriormente advertido por demorar a lançar a bola, demora muito a lançar a bola e é-lhe atribuída a cartolina amarela.
A cinco minutos do fim, Diogo Valente passa Cândido Costa rumo ao ataque, mas o jogador de Belém acaba por puxar a camisola do adversário. O penalty é cobrado por Roberto que atira a bola para o lado que o guarda-redes viria a defender. O resultado continuava a dar vantagem à formação do Restelo. Já no minuto 90’, nova grande penalidade é assinalada a favor da equipa do mar. Paulo Machado remata de longe e Roberto parece ter sido puxado por Júlio César. Jaime vai para a marca e na ilusão de um chapéu falha o segundo penalty.
Um jogo a contar para a 25ª jornada da Bwin que atribui três pontos ao Belenenses e coloca, assim, o plantel de Jesus na corrida pelas competições europeias. Quanto ao Leixões permanece com a mesma pontuação a dois pontos do Paços de Ferreira.


Cartões
amarelos
16’ Roberto (Leixões SC)
23’ Silas (CF Belenenses)
40’ Amaral (CF Belenenses)
70’ Rafael Bastos (CF Belenenses)
82’ Cândido Costa (CF Belenenses)

Substituição

45’ substituição do Leixões – Paulo Machado entra e sai Castanheira
52’ substituição do Leixões – Diogo Valente entra e sai Vieirinha
56’ substituição do Belenenses – entra Cândido Costa e sai Amaral
62’ substituição do Belenenses – entra Rafael Bastos e sai Roncatto
66’ substituição do Leixões – entra Jaime e sai Nuno Amaro
78’ substituição do Belenenses – entra Evandro sai Silas

Golos
29’ Weldon (CF Belenenses)
52’ Weldon
79’ Paulo Machado (Leixões)


A figura
Weldon

imagem extraída de http://belenenses.blogspot.com



Anabela da Silva Maganinho

Sunday, April 6, 2008

O Norte à primeira

O Vizela venceu, hoje, o Gil Vicente, por duas bolas a uma, numa partida de luta pelo segundo lugar, a contar para a 25 ª jornada da Liga Vitalis.
A equipa da casa começou, logo no primeiro minuto, com um livre perigoso na área do Gil. A formação de Barcelos, porém, não ficou abalada até porque já não perdia há seis jogos. Os gilistas queriam aproveitar a partida para se isolarem e, assim, se conseguir aproximar dos lugares cimeiros – que dão a passagem à primeira liga profissional.
O jogo ainda estava a aquecer quando o Vizela chegou ao golo.Na sequência de um canto cobrado por Quim Berto, Hélder Sousa manda um tento para a baliza do Gil Vicente, mas é em ressalto que a bola bate em Pedro Ribeiro e a bola entra.
Ainda que aos três minutos do encontro, no Estádio FC Vizela, o Gil tivesse tido uma oportunidade para o golo, o remate não valorou.
A partir do instante em que a equipa de Carlos Garcia se colocou à frente no resultado tomou conta de parte do jogo, o que não impediu que a equipa comandada por Paulo Alves tentasse igualar perto do minuto 23, mas o lance apenas culmina num remate por cima da baliza.
Olgário Benquerença estava prestes a apitar para o intervalo quando Nuno Sousa protagoniza um cabeceamento que sai ao lado da baliza do plantel de Barcelos.
A segunda parte principia com substituições para ambas as equipas. Paulo Alves faz entrar João Vilela para o lugar de Luís Coentrão, por sua vez, o Vizela faz actuar no terreno Serjão, consequência da saída de Rincón.
O jogo enceta no equilíbrio. O Gil Vicente tenta chegar ao golo com tentativas de dribles controlados, já o Vizela opta por lances de ataque pelas alas.
Com as entradas de Vilela e Tiago André verificou-se uma progressão na equipa do Gil e o marcador altera-se, a meio da segunda parte, com o pontapé forte de Diego. O número 4 do Gil remata para as redes do Vizela (71’), mas Riça consegue uma defesa surpreendente, algo que já não acontece quando cai no chão e não consegue amparar a recarga protagonizada por Bruno Filipe.
O Vizela não baixa a guarda e prossegue no jogo, tendo em vista o objectivo da vitória. Nem cinco minutos tinham decorrido após o golo da formação de Barcelos quando o Vizela concretiza o segundo golo da partida. Neto ultrapassa os defesas gilistas e, com um remate certeiro põe o Vizela, de novo, em vantagem.
A entrada de Carlos Fangueiro dinamizou o ataque do Vizela que denotava maior dificuldade na finalização. O camisola 27 do Vizela quase consegue o golo já perto do término do encontro; todavia, Hugo Marques não deixa que os adversários marquem mais um.
Com este resultado o Vizela sobe ao terceiro lugar da tabela classificativa com 41 pontos e recebe na próxima jornada o Santa Clara. O Gil Vicente, com menos um ponto, não terá tarefa mais fácil ao preparar a recepção ao Desportivo das Aves.


Cartões
amarelos
28’ Zongo (Gil Vicente)
86’ Luís Miguel (Gil Vicente)
91’ Willams (Vizela)


Substituição
35’ substituição Gil Vicente: Zongo sai e entra Bruno Filipe
40’ substituição do Vizela: Kata sai e entra Neto
45’ substituição do Vizela: Rincón sai e entra Serjão
substituição do Gil Vicente: Luís Coentrão sai e entra João Vilela
56’ substituição do Gil Vicente: Filipe Fernandes sai e entra Tiago André
63’ substituição do Vizela: Hélder Sousa sai e entra Fangueiro

Golos
10’ golo do Vizela por Hélder Sousa
71’ golo do Gil Vicente por Bruno Filipe
78’ golo do Vizela por Neto

A figura
Quim Berto ao centro
Não houve nenhum jogador que pudéssemos destacar como o melhor de toda a partida. Certo é que Quim Berto esteve bastante presente nos lances ofensivos do Vizela, respeitantes ao primeiro tempo. Após o intervalo o jogo dinamizou com a entrada de João Vilela, pelo Gil Vicente, e Fangueiro foi também uma mais valia para o Vizela tanto na defesa, aquando das cobranças de cantos, como de ataque, tanto que quase chegou ao golo.



Anabela da Silva Maganinho