Efectivamente é complicado quando mais cego é aquele que não quer ver. Há pessoas que, pensara eu, serem amigas. Apesar dos atropelos fiz tábua raza a todos esses aspectos e prossegui toda a minha vida.
Hoje, após constantes alertas, chego à conclusão desta verdade absoluta - Mais cego é aquele que não quer ver. Calcaram o meu espaço e houve até quem se aproximasse por interesses que ainda hoje não identifico como plausíveis. Mas como aparentemente «não se passava nada» continuei o meu caminho.
Conheci e tenho vindo a conhecer profissionais que, acima de tudo, são PESSOAS e que me têm surpreendido em muito. Nunca quis ultrapassar alguém porque foram e continuam a ser esses ensinamentos que me transmitem e , como alguém sábio já disse, mais vale ter um carro em segunda mão e andar tranquilo a olhar no espelho. Não quero vingar por intermédio forçoso mas pelo valor que tenho.
Organizei, como referi em outro post, as Jornadas de Comunicação Social, sei que, pelo facto de organizar sozinha, ao nível de alunos, veio a gerar alguma controvérsia mas mais uma vez não vejo qual o problema. A interacção e apoio do Prof Villares e da D. Rosalina foram fulcrais na consecução de tão boas Jornadas. Desde já aqui agradeço novamente. Obviamente que o contacto do Prof Daniel Catalão também foi importante, não desprestigiando os colegas de turma que ajudaram no dia da recepção na condução dos alunos de comunicação para a sala, no controle de presenças ou na atenção ao funcionamento do auditório no decorrer das jornadas.
Foi um trabalho que exigiu empenho da minha parte mas que estou disposta a repetir pelo prazer de contactar com grandes referências, para mim, e, não obstante, pelo sucesso de tudo ter corrido bem e da assistência ter sido bastante boa.
O trabalho que tenho realizado tem-me dado muitas alegrias e a possibilidade de contactar com pessoas que admiro e que conseguem conquistar a minha empatia e verdadeira aspiração. Não me fazem desiludir com o jornalismo e me incentivam a afirmar-me.
Porventura, chego a mostrar uma máscara, a máscara que transparece as marcas da vida e que guarda as feridas, como esta. Um máscara, contudo, límpida e sem qualquer falsidade. A fama não me ilude, apenas me convencer aqueles que me conseguem «olhar de frente» sem qualquer problema.
Nunca recorri a adaptações e espero nunca vir a fazê-lo, pois, como outrora um grande sábio me disse, antes um carro em segunda mão e a consciência tranquila para me confrontar com o espelho.
Sou quem sou e apenas quero conquistar o meu lugar. Ter aquilo que é meu e consegui-lo acima de tudo com mérito próprio, por aquilo que faço.
A partir deste momento, apenas entra no meu espaço quem eu deixar, como talvez já o devesse ter feito há muito mas nunca fui capaz, quem conseguir ver aquilo que há por detrás da máscara.
Obrigada a todos aqueles que vêem a Anabela.
Família, Pedro, Dani, Ana, Prof Villares, Prof. Oliveira e os outros que sabem quem são e quem não o são.